Em meio à pandemia e sem que a população tenha atendimento médico minimamente eficiente já morreram cerca de 570 mil pessoas. Não há nem nunca houve nenhuma política de combate efetivo por parte dos governos federal, estaduais e municipais, e ainda a vacinação está a passos lentos, levando a mais mortes da população que em sua maioria são os trabalhadores, os pobres e os negros. Uma verdadeira política genocida.
A crise econômica iniciada em 2008 com a queda das bolsas de Nova Iorque se espalhou para o resto do mundo, provocando desemprego em massa, perda de direitos trabalhistas e salários pelos que ainda se encontram empregados. Essa é a realidade dos trabalhadores em todo o mundo e aqui no Brasil também.
Temos o desemprego em nível bastante elevado, um recorde histórico conforme nos diz as estatísticas dos órgãos oficiais, como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Ministério do Trabalho, etc. Chegamos a cerca de 15% de desempregados onde devemos somar os desalentados que desistiram de procurar emprego, os que passaram a viver de bicos ou como vendedores ambulantes nos faróis, trens e ônibus. Assim chegamos à metade dos trabalhadores desempregados.
Sem renda, sem perspectivas, o governo deveria implantar um auxílio emergencial minimamente digno, pelo menos de um salário mínimo, mas ao invés disso distribui migalhas aos necessitados que não conseguem sequer comprar o gás para cozinhar com o que recebem e distribuiu R$ 1,2 trilhão aos bancos.
Enquanto isso a inflação bate recorde também, segundo o IBGE, o acumulado no ano de 2021 chegou a quase 9% oficial, sendo que alguns produtos tiveram aumentos de 27%, caso da gasolina que é repassado para os demais produtos de consumo. E também o aumento dos preços do arroz, feijão, carne, leite, gás de cozinha que estão levando ao consumo de alimentos mais pobres em nutrientes prejudicando a saúde dos trabalhadores.
A cesta básica chegou a custar R$ 656,92 em Porto Alegre e em 15 das 17 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estudos e Estatísticas Socioeconômicas (DIEESE) tiveram aumento.
Com tamanha miséria, um açougue de Cuiabá (MT) distribuiu ossos à população faminta, o resultado foi a enorme fila que dobrava o quarteirão, mostrando o estado de pobreza em que nos encontramos. Pesquisas recentes informam que cerca de 120 milhões de brasileiros estão em situação de insegurança alimentar, ou seja, à beira da fome. Isso é metade da população do País.
Essa política imposta pelo imperialismo, principalmente o norte-americano, levou ao golpe de Estado em 2016 contra a presidenta do PT Dilma Rousseff e com ampla participação do legislativo, judiciário, incluído o STF, e setores do próprio governo e também o vice-presidente Michel Temer (PMDB).
Tal política foi a de congelamento de gastos do governo por 20 anos, piorando ainda mais a qualidade e quantidade de serviços que são obrigação do estado fornecer à população. Cortaram tudo, inclusive a gratuidade das passagens dos idosos. Nesse ritmo logo irão roubar as mamadeiras dos bebês.
Em meio à pandemia, cortaram verbas para a saúde, educação, transportes e infraestrutura, deixando o país em estado de terra arrasada, e com a clara e forte possibilidade de apagões elétricos e abastecimento de água em todo o país, principalmente no sudeste.
E as coisas não pararam por aí, a onda de privatizações segue de vento em popa, estão entregando toda a riqueza do país para o imperialismo, essa é a função das privatizações. Sucateiam as empresas e depois vendem em parte ao capital estrangeiro imperialista.
Casos como a Petrobras, Eletrobrás, Correios, Banco do Brasil, Caixa Federal, empresas de tecnologia como a de microeletrônica do Paraná a CEITEC, etc estão em processo acelerado de privatização. Com isso perde o povo brasileiro, pois a exemplo do que ocorreu nos governos do FHC nos anos 80 e 90, a arrecadação do governo com as privatizações foi irrisório.
Isso porque são vendidas a preço de banana, para agradar aos EUA, doando presentes ao “tio sam” para ficarem bem com o patrão imperialista, e o povo que se dane.
Agora com todas essas falcatruas contra o povo, está em curso a PEC 32, que irá fazer a reforma administrativa em todo o governo brasileiro. Serão duramente atacados os direitos e os empregos de cerca de 13 mil servidores públicos, do baixo escalão, é claro. O topo da cadeia funcional não será afetado, como os de cargos de confiança e nomeados por políticos.
Como reação à PEC 32, ou a “PEC da morte” do funcionalismo, a CUT convocou o ato de protesto contra a reforma, que será no dia 18 de agosto em várias cidades do País. Será o dia de paralisação nacional contra a PEC 32 e a reforma administrativa e pelo fora Bolsonaro.
Com todo esse ataque frontal aos empregos e direitos trabalhistas aplicados contra a classe trabalhadora, os funcionários da Petrobrás, Eletrobrás, Correios, bancos estatais devem se unir aos funcionários públicos e juntos fazerem um grande ato pelo fim das privatizações e reformas trabalhistas que retiram a renda do trabalho e transferem para o capital imperialista.
É preciso fortalecer os movimentos de rua, já que a frente fora Bolsonaro deliberou esse dia para protestar contra toda essa política nefasta contra a classe trabalhadora. Apesar disso, os grupos da esquerda pequeno-burguesa não estão convocando os trabalhadores e todo o povo a participar.
Só com uma mobilização forte nas ruas poderemos reverter toda essa situação de penúria em que estamos metidos. Contra todos esses ataques ao trabalho e em benefício das empresas capitalistas e monopolistas, dia 18 de agosto todos às ruas pelo fim da reforma administrativa, por vacinas para todos, por auxílio emergencial para todos os desempregados enquanto durar a pandemia, pelo fora Bolsonaro e todos os golpistas.