Nos atos deste sábado (2) em todo Brasil, especialmente em São Paulo, o Partido da Causa Operária foi citado nominalmente no carro de som por meio de pessoas defensoras da frente ampla e de Ciro Gomes.
Antes, é de se destacar a intervenção recorrente da representante da Coalizão Negra por Direitos, que, em toda manifestação, ataca o PCO e a bateria Zumbi dos Palmares, chamando, por incrível que pareça, a bateria de racista, pois, segundo ela, não a deixaria falar. Em todo ato em São Paulo isso acontece.
Por outro lado, defensores da frente ampla falaram que o PCO não estava de acordo com a situação pois teria acabado a polarização (Lula versus Bolsonaro), e agora a política do partido estaria errada, já que se fazia presente, ali, a frente ampla em sua mais rocambolesca aparição.
Pessoas mais normais, como artistas, indígenas e outras lideranças políticas que se manifestaram no carro de som defendiam o fora Bolsonaro e Lula presidente, o que era ovacionado pela maioria esmagadora dos manifestantes do ato da Paulista, que repudiaram os golpistas, por meio de vaias e até arremesso de garrafas plásticas.
Já Ciro Gomes, vaiado por um grande contingente de manifestantes, atacou a própria manifestação, dizendo: “Bolsonaro a tua hora está chegando, porque o povo brasileiro é muito maior que os fascistas de vermelho ou de verde e amarelo”, referindo-se aos manifestantes que o vaiaram e gritaram em defesa de Lula. Cabe registrar que o líder do PDT saiu praticamente escoltado da manifestação.
O ódio que os integrantes da frente ampla tem contra o PCO é justificável. O partido é uma pedra no sapato da manobra tentada por eles, de infiltrar no movimento de luta pelo fora Bolsonaro pessoas ligadas à eleição de Bolsonaro, como João Doria e outros marginais que defenderam a prisão de Lula, o impeachment de Dilma Rousseff etc.
Não é por acaso que a imprensa burguesa do dia de ontem tenha dado destaque à intervenção do PCO no ato de São Paulo, dizendo que “no principal carro de som do ato contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na Avenida Paulista, em São Paulo, o PCO (Partido da Causa Operária) criticou Ciro Gomes (PDT), uma das lideranças confirmadas para a manifestação desta tarde, contrariando pedidos de união de outros políticos presentes no local”, conforme matéria da venal Folha de S. Paulo.
Quer dizer, a política do partido, na realidade defendida pela população, como foi possível ver nas manifestações deste sábado, joga por terra os planos dos frenteamplistas de se juntar com a direita golpista tradicional em uma suposta frente contra Bolsonaro. E isso quando todos sabem que, no frigir dos ovos, os direitistas vão correr para os braços de Bolsonaro, caso as alternativas a Lula não consigam ser bem-sucedidas.
O PCO denunciou essa manobra desde o começo e é justamente por isso que a direita golpista (a científica, democráticas, etc.) e os esquerdistas frenteamplistas estão nervosos com o PCO nos atos.