Nesta segunda-feira (26), deu-se início a greve dos caminhoneiros que protestam pela alta do diesel e, além disso, reivindicam um piso mínimo para os fretes.
“Segundo o presidente da CNTRC, Plínio Dias, os caminhoneiros realizaram atos em pelo menos 15 estados, incluindo o Paraná, Rio Grande do Sul e Ceará.” (IG ECONOMIA 26/07/2021) E ainda que “a Greve foi convocada ainda no mês passado por líderes que promoveram a paralisação da categoria em 2018. Os caminhoneiros se opõem ao aumento no preço dos combustíveis e reclamam da falta de atenção dos governos federal em programas.” (Idem)
Da mesma forma que aconteceu na paralisação em 2018, a imprensa golpista dá o mesmo tratamento tentando desmobilizar os trabalhadores quando afirma que a categoria está “dividida”, que apenas uma parcela dos caminhoneiros aderiu à greve etc.
Mais essa paralisação dos caminhoneiros é consequência do profundo retrocesso nas condições de vida e de trabalho que o regime golpista vem impondo à categoria com mais de 1,2 milhão de trabalhadores, em sua maioria autônomos.
Os preços dos combustíveis que vêm recebendo reajustes quase que diários devido à política do governo neoliberal em reajustar o barril do petróleo aos interesses dos grandes barões do petróleo.
Além disso, a pauta dos caminhoneiros pede uma revisão no reajuste na Tabela do Piso Mínimo de Frete, realizada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), para o transporte rodoviário de carga.
Pelas atuais regras do reajuste governamental golpista, não entram no cálculo do piso mínimo a margem de lucro do caminhoneiro, custos com pedágios, custos relacionados às movimentações logísticas complementares ao transporte de cargas, despesas de administração, tributos e taxas que impõe à categoria uma situação de empobrecimento geral.
Nesse sentido, é tarefa de todos os sindicatos e da CUT se pronunciarem em defesa do apoio à mobilização geral dos caminhoneiros e buscar a unificação da luta com os demais trabalhadores brasileiros, como os petroleiros, metalúrgicos e professores, como parte da construção de um dia nacional de luta em defesa das reivindicações dos trabalhadores do transporte e do conjunto da classe trabalhadora contra a ofensiva dos patrões, da direita e do governo fascista de Jair Bolsonaro e Paulo Guedes.