Pesquisas apontam que os projetos de leis a favor das mulheres se mostram desfavoráveis à categoria. Projetos esses relacionados ao assassinato de mulheres, violência sexual e aborto, principalmente. Esse estudo vem do monitoramento da plataforma Elas que verifica a atuação dos parlamentares no Congresso em relação à proteção aos direitos femininos.
Entre o período 2019 e 2020, foram propostos 649 projetos de leis relacionados aos direitos das mulheres, dos quais um a cada quatro foram desfavoráveis ao gênero em questão: Desvirtuam a legislação, restringem os direitos e buscam apenas a punição do autor da violência, dando mais munição ao sistema capitalista repressivo e não resolvendo o problema de fato, não mudando em nada o número de violência e abusos contra as mulheres.
Essa pesquisa feita pelo Instituto AzMina mostra claramente que o parlamento não está servindo para barrar a violência contra a mulher. Pelo contrário, a medida que o golpe se intensifica, mais ataques e Projetos de Leis são desfavoráveis ao gênero.
Em 2020, em meio ao quadro da pandemia mundial do covid-19, houve um aumento de pelo menos 30% dos casos de assassinato de mulheres, violência e abusos contra a mulher. A questão dos baixos salários às mulheres, a falta de creches, as diversas jornadas de trabalho que a mulher ocupa, especialmente as operárias que acabam se tornando escravas do lar, está cada vez mais longe das prioridades capitalistas e dos golpistas.
A pesquisa mostra que boa parte da bancada parlamentar que atacam os direitos das mulher é formada sobretudo por conversadores direitistas, os mesmos apoiadores do golpe de 2016. O Congresso, assim como as demais instituições do estado são controladas pela burguesia inimiga das mulheres, a qual não possui o menor interesse em resolver quaisquer problemas relacionados à população, mas fazer do estado uma forma de atender seus próprios interesses, e no qual cumprirão apenas seus deveres alinhados aos desejos imperialistas da direita. E enquanto o Congresso for ocupado pelos golpistas, a violência que existe contra a mulher perpetuará.
A burguesia imperialista pretende manter os trabalhadores cada vez mais submissos e explorados ao sistema capitalista, e mais ainda em relação às trabalhadoras. Apenas através da mobilização das mulheres e dos trabalhadores é possível barrar a ofensiva da burguesia e fazer valer os direitos das mulheres e de toda a classe operária. Apenas nas ruas o povo poderá pressionar o Estado a mover-se a favor das mulheres, jamais pela boa vontade da burguesia inimiga do povo.