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"Cancelamentos"

Identitários transformam Dia das Bruxas em Dia da Caça às Bruxas

Nada mais assustador do que o identitarismo

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O Dia das Bruxas é um festejo importado dos Estados Unidos, tão importado que, atualmente, a imprensa e as redes sociais abandonaram o nome em português e trocaram pelo nome em inglês, Halloween. Bem, se a intenção desse festejo é ser assustador, já é bastante assustadora a adoção de uma cultura imperialista, totalmente estranha à nossa.

Mas como tudo pode piorar, pior do que a importação de uma festa norte-americana é a importação de uma ideologia reacionária criada nas universidades norte-americanas. O identitarismo e todas as suas faces: “cancelamentos”, censura, “apropriação cultural” e mais um amontoado de lixo ideológico. E, novamente, se o tema é o terror, nada mais aterrorizante do que o identitarismo.

Um homem foi demitido de seu emprego em Manaus porque se fantasiou do goleiro Bruno. A rigor, ele deveria ter ganhado o prêmio de melhor fantasia, afinal, a intenção do Dia das Bruxas é se fantasiar de algo assustador, nada mais criativo do que se vestir de um homem acusado de matar uma mulher e dar o seu corpo de comer aos cachorros. Pela lógica identitária, não deveria haver fantasia de nenhum assassino. No Dia das Bruxas, os adeptos da festividade só poderiam se fantasiar de… coelinhos fofinhos? Fadas graciosas? Anjinhos?

O mais grave não é a preocupação idiota sobre qual fantasia a pessoa pode ou não usar. O mais preocupante é que uma empresa demita uma pessoa por um motivo como este. Uma brincadeira que pode custar caro, parece mesmo um enredo de filme de terror. Num momento em que os capitalistas fazem de tudo para demitir, acharam um pretexto ótimo, encoberto com o moralismo identitário.

Até a atriz Bruna Marquezine foi “cancelada” pelo Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (Coren-SP) porque se fantasiou de enfermeira. Segundo nota da instituição, “é inadmissível que a fantasia de enfermeira, utilizada em carnavais, festas de Halloween e sátiras, continue sendo tolerada pela sociedade, sobretudo por formadores de opinião.”

A explicação do Coren-SP é sem pé nem cabeça. Ela não pode porque não pode. Outro poderia, da mesma forma, dizer que ela pode porque sua fantasia presta uma homenagem à categoria tão importante para a saúde do povo. No final das contas, é algo totalmente sem nenhuma base real. Está sujeito à interpretação de cada um.

O identitarismo é a ideologia em que uma pessoa ou um grupo de pessoas quer se meter na vida dos outros. O que se pode vestir, o que se pode falar e o mais grave: o que se pode pensar.

Em tempo de Dia das Bruxas, nada mais assustador do que a histeria identitária e a caça às bruxas que ela promove.

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