A Eletrobrás, mais uma estatal que está para ser privatizada pelo governo golpista do fascista Bolsonaro, apesar de, nos anos de 2018, 2019 e 2020 ter obtido lucro que ultrapassou os R$ 30 bilhões, nos últimos cinco anos, já demitiu mais da metade de seu quadro de funcionários.
As demissões de mais de 14 mil trabalhadores se deram através de imposições como os programas de demissões, mas também, por venda de ativos da empresa, principalmente das distribuidoras das regiões Norte e Nordeste.
O plano do governo ilegítimo de Bolsonaro é de reduzir ainda mais. Neste ano de 2021 estão previstas mais 476 demissões, reduzindo o número de funcionários para 11.612, ou seja, 45% em relação ao ano de 2016.
A redução de trabalhadores realizada pelo ex-presidente da Eletrobrás, Wilson Ferreira Júnior, que renunciou no mês de janeiro, resultou em um dos maiores apagões já ocorridos na história do País, no estado do Amapá, onde o estado ficou mais de um mês praticamente às escuras, um descaso por conta da entrega do setor elétrico e, consequentemente, o seu sucateamento. Há o risco iminente de haver mais apagões no Norte e no Nordeste do País.
O governo Bolsonaro está se preparando para entregar as Centrais Elétricas Brasileiras (Eletrobrás) e a alegação do capacho do imperialismo é a de que estão sendo elaboradas formas para entregá-la em seu todo. Ou seja, a maior Central Elétrica da América Latina, nas palavras do golpista Wilson Ferreira Júnior, está sendo preparada para doação aos abutres.
Conforme publicado no artigo da CUT de terça-feira (23), a Eletrobrás informou que foi publicada hoje, no Diário Oficial da União, a Resolução CPPI No 167, que recomenda da inclusão da Eletrobrás no Programa Nacional de Desestatização (PND), para o início dos estudos necessários à estruturação do processo de capitalização da companhia.
A resolução permite que sejam iniciados os estudos para desestatização da companhia, na modalidade de aumento de capital, e a inclusão da Eletrobrás no PND permite também que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) possa iniciar os estudos para capitalização.
A política de rapina
A Eletrobrás apresentou o balanço anual de 2020, a qual teve um lucro de R$ 6,4 bilhões, numa situação em que a economia brasileira teve uma retração de 4,1%, em plena pandemia do coronavírus, somado a isso, ao somar o lucro dos três últimos anos, a estatal obteve um lucro de mais de R$ 30 bilhões, ou seja, os donos de ações não estão dispostos a deixar um único centavo do que a empresa arrecada, por isso o governo, lambe botas do imperialismo, está disposto a agracia-los, assim como quer fazer com o Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Correios, Dataprev, Serpro, Casa da Moeda e está fazendo, aos lotes com a Petrobrás, a exemplo da Refinaria Landolpho Alves (RLAM).
É preciso impor uma derrota aos subservientes do grande capital, como o fascista Bolsonaro e seus asseclas. Para isso, a mobilização dos trabalhadores, com greves, ocupações etc. é de fundamental importância.
A Petrobrás está em greve e é necessária a intensificação dessa greve, para mostrar que os trabalhadores não estão dispostos a entregar o patrimônio do povo, no entanto, todos os funcionários públicos, incluindo a Eletrobrás e as demais estatais, devem se preparar para não deixar que uma única estatal sequer, seja entregue por esse governo ilegítimo do Bolsonaro.