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Entenda o que Moro estava fazendo quando fez parceria com Warde

Depois de deixar o governo Bolsonaro, Moro foi contratado pelo escritório de Warde, presidente do IREE

moro pesquisa

Um dos primeiros trabalhos de Sergio Moro após deixar posto de ministro da Justiça e Segurança Pública de Jair Bolsonaro foi exatamente para o escritório de advocacia de Walfrido Warde, amigo querido de Guilherme Boulos e presidente do Instituto para a Reforma das Relações Estado Empresa (IREE), conforme noticiou esse site, dentre outros.

Moro foi contratado para dar um parecer jurídico à disputa judicial entre Benjamin Steinmetz e a Vale. O escritório de Warde teria contratado Moro, que não é nenhum especialista na matéria, e claramente uma pessoa pouco letrada, a pedido do cliente Benjamin Steinmetz, bilionário israelense envolvido em um sem número de crimes, pelo suposto parecer Sérgio Moro teria recebido cerca de R$ 750 mil reais. Assim o arco de relações de Walfrido Warde com a direita pró-imperialista se amplia ainda mais.

Embora seus defensores jurem de pés juntos que se trata de um bom samaritano, de um elemento progressista, suas relações o denunciam. Seu arco de relações vai da extrema-direita brasileira, com o general Sérgio Etchegoyen (Ex-ministro do golpista Temer), Raul Jungmann (também ex-ministro do golpista Temer), Leandro Daiello (ex-chefe da polícia Federal) diretores de seu instituto (IREE), think tanks norte-americanos como Global Americans, além da relação para lá de suspeita da contratação de Moro, um indivíduo que sem conhecimento técnico ou geral, que pouco ou nada advogou, que pisoteou todos os direitos, inclusive de advogados, envolvido no centro da conspiração política contra o país, seja contratado logo após deixar o cargo de ministro de Estado para dar uma parecer jurídico quase milionário. Mesmo não sabendo, dúvidas vem à mente, teria Moro recebido tais verbas por um parecer técnico que visivelmente não é capaz de dar, teria sido pago por outros serviços prestados via Warde Advogados S/A, não sabemos, não podemos afirmar, mas ainda é permitido conjecturar…

Quem é Sérgio Moro e o que fez pelo seu país

Sérgio Moro foi uma das peças fundamentais do golpe de Estado de 2016 e um dos principais operadores dos interesses do imperialismo no Brasil no último período. Juiz federal no Paraná, Moro ganhou notoriedade pelo mal que fez ao Brasil e o bem que fez ao seu país, os Estados Unidos da América.

Enquanto juiz federal, foi o responsável pelos processos da golpista operação Lava-Jato na primeira instância. Depois de promover uma devastação econômica de grandes proporções no país, levando grandes empresas principalmente do setor de construção civil à bancarrota, promoveu perseguição implacável à esquerda, notadamente ao PT. A desestabilização política, cuja operação Lava-jato foi peça central levou à derrubada do governo do PT, apenas 2 anos após o início da operação golpista.

Moro foi ainda peça central no período seguinte, período crítico do golpe de Estado. No ano de 2018, cerca de dois anos após a consumação do golpe, deu lugar às eleições presidenciais, o golpe de Estado ficou completamente ameaçado pela candidatura do ex-presidente Lula que detinha, mesmo com toda a campanha contra si por parte das instituições estatais, dos monopólios de comunicação da burguesia, em sua de toda classe burguesa, a maioria das intenções de voto. Novamente Moro, cumprindo a missão a ele reservada, expediu um mandado de prisão contra o ex-presidente Lula, condenado pelos compadres de Moro no TRF-4, uma intervenção direta nas eleições apoiada pelas instituições estatais e pela burguesia de conjunto. A ação de Moro resultou na própria destruição do princípio constitucional da presunção de inocência, adotada pelo Supremo Tribunal Federal para permitir a prisão do ex-presidente Lula.

Pavimentou-se assim o caminho para a vitória do golpe, ainda que sob a liderança da extrema-direita, de Jair Bolsonaro, efeito colateral da crise e da polarização. Moro, num dos maiores escândalos nacionais, abandonou a toga e partiu para integrar o governo Bolsonaro, que sem sua ação de mandar prender ilegalmente o principal concorrente jamais teria vencido, tinha recebido o prêmio pela ação deletéria.

O ex-juiz havia agido sempre de acordo com os interesses EUA, sua ação deliberadamente desastrosa na condução das investigações relacionadas a empreiteiras brasileiras acusadas de pagar propina, destruiu algumas das maiores empresas do setor, levou à demissão de cerca 1 milhão de operários da construção civil. O resultado desta política foi que no dia 01 de agosto de 2019, foi assinado um memorando, entre Brasil e Estados Unidos, para entregar bilionárias obras de infraestrutura do país a construtoras estadunidenses. Um verdadeiro estupro da economia brasileira que Moro ajudou a realizar.

Moro ainda foi um dos principais apoiadores da adoção de uma legislação de tipo fascista no país, como chamadas as 10 medidas contra a corrupção, que tentou implementar durante sua curta gestão.

As contradições no bloco da burguesia acabaram levando um dos principais representantes da política imperialista a deixar o governo, este volta agora como candidato do imperialismo para concorrer às eleições presidenciais. Em suma, Moro é uma das pessoas mais nefastas da política nacional, não obstante também esteve no arco de relações de bom samaritano Warde, amigão e apoiador de Guilherme Boulos, que é candidato a governador de São Paulo e seu funcionário no IREE, que tem a extrema-direita como coordenadores e que está ligado a uma instituição imperialista, que é financiada pela NED, que por sua vez é um braço da CIA, Boulos que cogita ter por candidato a vice-Governador um dos sócios de Warde, Silvio Almeida, paremos por aqui, por que tudo isso é meramente ocasional ou como dizem os defensores de Warde, pode confiar, é um bom samaritano. Mas é sempre bom lembrar sempre de uma outra passagem: “Não vos enganeis! As más companhias corrompem os bons costumes”.

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