Neste domingo, 26, serão realizadas as eleições federais na Alemanha. Após 16 anos como chanceler, Angela Merkel passará o bastão para outro no revezamento do Estado capitalista alemão. Armin Laschet, do partido União Democrata-Cristã (CDU), governador da Renânia do Norte-Vestfália, o mais populoso Estado da Alemanha, é um dos favoritos ao mais alto posto político do país e conta com o apoio da atual chanceler, enquanto Olaf Schol, do Partido Social-Democrata (SPD), vem subindo nas pesquisas e apresentando grandes chances de vitória.
Em pesquisa realizada pela YouGov de 16 a 22 de setembro, Olaf Scholz figura como favorito, desbancando o candidato de Merkel. Esse crescimento do SPD, no entanto, não é de hoje. Em 2017, na última eleição federal alemã, a CDU obteve a percentagem de votos mais baixa da sua história. Contudo, ultrapassou os 30%. Atualmente, as estimativas ficam na casa dos 20%, o que pode resultar numa superação por parte do SPD. Vale lembrar que, diferente do que ocorre no Brasil, na Alemanha o voto é para o partido e não para o candidato.
O candidato do SPD é ministro das Finanças de Merkel desde 2018 e também vice-chanceler da coalizão governamental entre CDU e SPD. Scholz é considerado austero e pragmático, cumprindo à risca a cartilha de redução de gastos por parte do Estado. Concorre também ao cargo de chanceler, Annalena Baerbock, do Partido Verde. A candidata chegou a liderar as pesquisas de intenções de voto quando foi anunciada. Mas logo caiu para a 3ª posição, e se mantém até agora. Baerbock se posiciona contra a xenofobia, o populismo e defende a aplicação de medidas mais duras que garantam o “respeito aos direitos humanos”, especialmente na China e na Rússia.
