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Crise final do capitalismo

Crise capitalista faz montadoras como Scania e Volvo pararem

As montadoras estão paralisando a produção por falta de peças e insumos, com demissões em massa, redução dos salários e benefícios. Mas colocam como culpada a pandemia, para esconder a natureza da crise.

A crise capitalista começa a dar sinais do colapso nas fábricas por falta de matérias-primas e insumos para a indústria. A produção fica bastante prejudicada por falta de insumos. O apagão logístico internacional também é indicativo da crescente paralisação do fornecimento de peças e insumos para as montadoras. O aumento dos fretes, de acordo com estudo da Anfavea (Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores), foi da ordem de 105% no transporte aéreo e 331% no marítimo no período de janeiro de 2020  a janeiro de 2021.

Com a crise econômica e da pandemia, com isolamento social mesmo que parcial, fornecedores fecharam as portas definitivamente, os fornecedores de semicondutores estão preferindo entregar para os compradores que pagam mais, no caso os fabricantes de celulares e televisores, e assim as montadoras ficam prejudicadas.

Segundo a matéria do jornal golpista Folha de S. Paulo, a fabricante Scania e a Volvo anunciaram paralisação das atividades até o início de abril, após a Páscoa. Alegaram que devido ao esgotamento dos leitos disponíveis para a covid nas cidades onde atuam como também pela falta de insumos para a fabricação dos veículos.

Outras montadoras também seguem o mesmo caminho de paralisação, como a GM que já se encontra paralisada na fábrica de Gravataí (RS) e anuncia a prorrogação do início das atividades para julho.

A Volks anuncia paralisação de 12 dias, com retorno em abril, por falta de insumos e pelo agravamento da pandemia. A Honda paralisou a linha do Civic por falta de peças desde o início de março. A Fiat dispensou 10% dos trabalhadores para reduzir a produção.

Essa crise afetou seriamente toda a cadeia produtiva do país, e todas as montadoras foram afetadas por ela. O setor tem o pior resultado desde a década de 50 do século passado e com isso aumenta a pressão pela parada total na região. O sindicato dos metalúrgicos do ABC está em negociação com os representantes do setor na região.

As montadoras alegam duas causas para as paralisações: a pandemia com o esgotamento dos leitos para tratamento e também a falta de insumos que paralisa as linhas de produção.

A justificativa explicada pela pandemia, tem a função clara de atuar como freio às barbaridades cometidas pelo presidente eleito por fraude eleitoral como consequência do golpe de Estado. A ideia é encurtar as rédeas do presidente para deixá-lo mais palatável à sociedade.

Quanto a justificativa de falta de insumos e peças, que paralisam as linhas de produção, tem sua base na realidade. Mostra a gravidade da crise econômica que foi duramente piorada pela pandemia.

Com a redução do comércio nacional e internacional e o seu encarecimento, aliado à queda de produção pelas falências e diminuição da produção de matérias primas e insumos, o capitalismo mostra toda sua fragilidade e escancara que se encontra na UTI e prestes ao colapso total. 

E não é possível se iludir com falsas notícias, esta é a causa principal das paralisações das indústrias e em especial das montadoras, seguindo o exemplo da Ford, que já deixou de operar no Brasil e reduziu as operações na Alemanha. 

Não são as greves, nem a pandemia que leva às paralisações das empresas, é a falta de insumos para poder concluir o processo produtivo. As greves são apenas a forma que os trabalhadores têm para defender seus empregos e poderem sobreviver em meio a essa enorme crise econômica e pandêmica. E se não tiverem outra opção, além das greves, deverão ocupar as empresas que paralisaram as atividades através de conselhos populares, para administrar as empresas como os verdadeiros proprietários e produtores.

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