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Não há nada a esperar

Coordenação do ato no DF quer ficar a reboque de Doria e do MBL

Ao invés de se esconderem em baixo da cama diante da ofensiva bolsonarista, é preciso organizar o bloco vermelho e enfrentar o fascismo nas ruas

A esquerda pequena-burguesa no Distrito Federal está com medo de fazer o próximo ato do dia 7 de setembro. É importante deixar claro que mais esse ato oficial (6ª manifestação nacional) foi marcado pela Frente Fora Bolsonaro, há mais de um mês. Segundo a coordenação da mobilização no DF, eles deveriam desmarcar a atividade, pois circula nas redes sociais que os fascistas pró-bolsonaro vão estar armados.

Observe que o movimento Fora Bolsonaro, na mão da esquerda cirandeira, se torna uma capitulação. Primeiro que cogitar desmarcar a manifestação é um verdadeiro sinal de fraqueza, covardia. Além do mais, o ato deve acontecer no mesmo local, só que em horários diferentes: atos da extrema direita pela manhã e os da esquerda no período da tarde. Apesar do ato da Frente na capital ainda não ter sido desmarcado, já ouviu se falar em adiar a mobilização para o dia 12 de setembro, o que implicaria em estar junto com o MBL – que está chamando um ato da direita para essa data.

O não acontecimento da manifestação mostrará que não se trata de uma luta real contra o governo fraudulento, e que as grandes mobilizações, que vêm acontecendo desde o mês de maio, não passa de um simples brinquedo, na mão de uma coordenação politiqueira, que não tem interesse em levar adiante uma política concreta de enfrentamento com o governo da burguesia e seu aparato de repressão. Não fazer o ato, se colocando a reboque da direita golpista, antipopular, pode levar o movimento Fora Bolsonaro a uma crise sem tamanho.

Primeiro que colocar abaixo o governo criminoso e todo o regime golpista, é de interesse direto de uma ampla massa da população pobre a trabalhadora, e não de uma minoria de lideranças que sequer conhece a realidade do povo brasileiro, diante da catástrofe por que passa o país. Segundo, que a decisão de ter o ato já foi tomada, cabe agora convocar, organizar plenárias, mobilizar, panfletar, ir aos bairros populares convidando as pessoas, chamar caravanas, enfim fazer uma gigantesca campanha de agitação e propaganda para que manifestação saia vitoriosa. Não há nada a esperar.

Devemos levar em consideração também, que as informações que temos em relação à mobilização da esquerda em Brasília são de pessoas que simpatizam com o PCO. Por ser um dos setores mais combativo das manifestações, inclusive se colocando radicalmente contra a participação de qualquer partido de direita nos atos fora Bolsonaro, as coordenações do movimento – do qual o PCO faz parte desde o início – tem se esforçado muito, para expulsar o partido da organização dos atos em várias capitais do país. Caso que já aconteceu no DF.

A “expulsão” do PCO não é sem motivo. Primeiro que a esquerda pequeno-burguesa tem trabalhado “por baixo dos panos” na Frente Fora Bolsonaro para colocar setores da direita no movimento. Foi o que vimos acontecer em São Paulo, onde o PSDB – a convite desses setores da esquerda – tentou ir para a Avenida Paulista, no ato do dia 24 de julho. O que foi mal sucedido, graças aos setores combativos da mobilização, que não aceitou tal absurdo que é, colocar os pais de Bolsonaro, que não assinaram um único sequer pedido de impeachment, “contra” aquele que eles mesmo batalharam para levar ao poder.

Toda essa tentativa de colocar a direita nos atos, esconder o caráter combativo do movimento, esconder a verdadeira cor da esquerda – que é o vermelho, apagar a palavra de ordem de Lula presidente, – representados pelo PCO, amplos setores do PT e da CUT é em nome da frente ampla. Frente ampla essa que engloba, partidos que se dizem de esquerda – PSOL, PCdoB, PSTU e vai até mesmo o que há de pior na direta golpista passando pelo PDT, PSB, REDE, Cidadania chegando ao PSDB, e olhando bem, veremos o DEM.

Qual o objetivo da Frente Ampla? Simples. Emplacar uma terceira via para as eleições presidenciais de 2022. Sendo assim, é visível que para os frente amplistas, derrubar o Bolsonaro através da mobilização popular não é bom. Para esses, apenas sangrar o Bolsonaro politicamente até a eleição é a melhor politica. Por isso vemos esses partidos supracitados em um esforço enorme para conter, frear, sufocar as grandes manifestações da esquerda, que tem levado centenas de milhares de pessoas as ruas, que realmente lutam por um governo dos trabalhadores, da população mais oprimida e esmagada pela burguesia e pelos capitalistas.

Mesmo sem uma definição da coordenação se o ato no DF irá acontecer na data marcada, uma coisa é certa. O PCO vai chamar a esquerda e os trabalhadores para a atividade no dia 7 de setembro. Se estão com medo de um ato de rua nesse momento, imagina o que pode acontecer se o Bolsonaro fazer o que vem prometendo? Vão sair do país? Fecharem os sindicatos e saírem correndo? Acabar os partidos de esquerda no Brasil? Dissolver a militância? É óbvio que esse não é caminho. O certo é ampliar a mobilização das massas nas ruas contra o regime fascista.

Perceba que essa mesma esquerda que tenta sabotar os atos, vive apostando que as instituições de burguesia vão derrubar o governo Bolsonaro. Instituições, que agora estão de mãos atadas, diante da ofensiva bolsonarista. Ficar a reboque da direita golpista a derrota será inevitável. Por outro lado, ir de encontro com a população, com o povo que sofre na pele, os efeitos do golpe de Estado e do governo que tomou de assalto o poder país, a vitória do movimento é mais plausível, e mais certeira.

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