O sétimo dia de mobilizações nacionais pelo Fora Bolsonaro chegou. Em meio à radicalização dos trabalhadores e ao boicote dos setores defensores da frente ampla com a burguesia golpista, um dos principais atos da região sul está sendo alvo de uma verdadeira guerra no interior do movimento popular.
Pela terceira vez, setores da esquerda pequeno-burguesa como PSOL, PCdoB, PSTU e também setores da direita, infiltrados na Frente Fora Bolsonaro, como o PDT e o PSB, querem simplesmente cancelar o ato de Florianópolis devido à “previsão de chuva” para o horário da manifestação. Enquanto em todo Brasil a discussão é sobre a política covarde da esquerda pequeno-burguesa contra os fascistas, em Florianópolis este mesmo setor está há um passo atrás, e se vê incapaz de enfrentar as gotas de chuva.
O mesmo já ocorreu em outros atos na cidade. No dia 7 de setembro, por exemplo, o ato não chegou a ser desmarcado, mas foi apenas confirmado faltando três horas para a sua realização graças a temida previsão de chuva. Já no dia 3 de julho, a mobilização popular não teve a mesma sorte, e o ato foi cancelado faltando cinco horas para seu início, destruindo a mobilização dos trabalhadores.
Tudo isso não passa de um intenso boicote a mobilização popular. Esta mesma Frente Fora Bolsonaro que em Florianópolis, graças à ação do PCdoB, expulsou o PCO da coordenação dos atos, agora busca esmagar na marra todo movimento dos trabalhadores.
Independente desta posição absurda, o Bloco Vermelho, composto pelo Partido da Causa Operária, junto com os Comitês de Luta, o Coletivo Lula Presidente, e setores dos trabalhadores da COMCAP, categoria de saneamento básico que enfrentou nas ruas o governo local contra a terceirização, se colocam na defesa da manifestação. O PCO e o Bloco Vermelho irão estar nas ruas e garantir a realização da manifestação, faça chuva ou faça sol.
É preciso que tomem da mesma posição todos os partidos, todas as organizações que estão de fato do lado da luta da classe operária. O ataque contra a manifestação em Florianópolis é a ação direta de grupos golpistas infiltrados no interior do movimento. PDT, PSB, Solidariedade, PSDB, entre tantos outros, são os verdadeiros interessados pelo fim das manifestações.
Todo este setor da esquerda pequeno-burguesa, defensora da frente ampla com a burguesia se coloca totalmente a reboque da direita. Isto apenas mostra para que serve a política de frente ampla. Em Florianópolis está mais que claro, no lugar de crescer as manifestações como fora propagandeado, a política de frente ampla com os golpistas vem resultando na completa destruição das manifestações, tendo efetivamente já tentado desmarcar três atos na capital, sem sequer consultar as bases do movimento, em uma ação da chamada “operativa”, coordenada por figuras desconhecidas do movimento popular, que agora simplesmente decidem o futuro da mobilização baseado na previsão do tempo na cidade.
A desculpa para cancelar o ato não poderia ser mais absurda. A chuva serviria para propagar o COVID-19 segundo os defensores do cancelamento do ato, voltando a política do “fique em casa”. Esta posição mostra o quão desconectados da real situação dos trabalhadores estão estes setores. O trabalhador é obrigado a trabalhar faça chuva ou faça sol, pegar ônibus lotado, se contaminar no local de trabalhado, morrer nos hospitais sem qualquer assistência desde o início da pandemia. No entanto, para os dirigentes da esquerda pequeno-burguesa, justamente o dia em que o trabalhador pretende expressar nas ruas sua indignação contra todo este genocídio, a política do “fique em casa” deve prevalecer. É um escárnio, um ataque a toda classe trabalhadora, que precisa ser amplamente denunciado.
A esquerda pequeno-burguesa pode até querer, mas o ato de Florianópolis será mantido, e contra a sabotagem o Partido da Causa Operária e o Bloco Vermelho estarão nas ruas, com a Bateria Zumbi dos Palmares, banca de materiais, carro de som e as novas faixas em defesa de Lula Presidente e contra a terceirização da COMCAP, por Fora Gean Loureiro, o prefeito golpista da cidade.
É preciso que a mesma iniciativa seja tomada por todos aqueles que não aceitam a sabotagem criminosa feita à mobilização popular. Como não conseguem por o PSDB, cancelam o ato, é uma ação direta contra a mobilização dos trabalhadores, e que se pode ser combatida por meio do movimento popular.
Por isso, é necessário que todos se somem hoje, às 14h no Largo da Alfândega, para mais um dia de mobilização pelo Fora Bolsonaro e todos os golpistas. Contra o golpe, contra a frente ampla e por Lula Presidente, junte-se ao Bloco Vermelho nesta mobilização!
