A presidenta da UNE, Bruna Brelaz, em entrevista à Folha de S. Paulo, jornal muito bem conhecido por apoiar o golpe, disse sentir medo do ódio de esquerda, que tem sido vítima de hostilização, etc. Claramente, está se juntando ainda mais à burguesia para fazer uma campanha contra a esquerda.
A nova presidenta da entidade, eleita recentemente por um processo farsesco, que nós do movimento estudantil conhecemos bem, é umas das defensoras mais aguerridas da frente ampla. De reunião com FHC a ato com MBL, a representante da UNE, onde pode, defende a frente ampla mais ampla possível. Ela representa o setor que alega que precisamos de todos que são contra Bolsonaro, neste momento, para conseguir o impeachment, mesmo que esses tenham colocado Bolsonaro no poder, e entre Lula e Bolsonaro, claro que votarão no segundo sem nem pensar.
Desta forma, joga no lixo o histórico de luta do movimento estudantil para defender os piores inimigos do povo, banqueiros, políticos profissionais. Não tem nem vergonha de estampar nas páginas deste mesmo jornal golpista que faz articulações políticas com, por exemplo, Tábata Amaral, a mesma que votou contra a aposentadoria dos trabalhadores brasileiros.
Sou mulher, negra, estudante e estava lá junto aos militantes de todas as cores e gêneros do PCO, do PT e dos Comitês de Luta repudiando a oportunista que usa o fato de ser mulher negra para levar adianta uma política de traição contra o povo.
Pode ser negra, branca, azul, amarela, não importa a cor. A militância de esquerda não é obrigada a tolerar os responsáveis pela população estar literalmente comendo ossos. Muito menos é obrigada a aceitar elementos que se dizem de esquerda, mas se sentem muito mais à vontade com os fascistinhas do MBL do que com os manifestantes que verdadeiramente querem e estão lutando nas ruas pela derrubada de Bolsonaro e todos os golpistas.
O ódio do povo contra aqueles que são responsáveis pela sua desgraça é totalmente legítimo. Quem não quer comer lavagem, não se junte aos porcos!