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7 de setembro

Abaixo a ditadura de João Doria

Doria, pela milésima vez, comprovou que é um ativo colaborador do bolsonarismo, e não um pretenso aliado na luta contra Bolsonaro

Na última quinta-feira (26), o governador de São Paulo, o golpista João Doria (PSDB), decretou a proibição da realização dos atos pelo Fora Bolsonaro, não só na cidade de São Paulo, mas em todo o estado, no dia 7 de setembro.

A medida, de caráter explicitamente inconstitucional e antidemocrática, foi o complemento da autorização concedida aos bolsonaristas, e não à esquerda, para que realizassem o seu ato na mesma data na principal avenida da cidade de S. Paulo, a Avenida Paulista.  

Corretamente, e mostrando uma firmeza até então inexistente, a coordenação do movimento Fora Bolsonaro se colocou contra a imposição do tucano e ressaltou que o ato da esquerda chamado para o Vale do Anhangabaú seria mantido. 

Na noite de sexta-feira (27), o Tribunal Justiça de S. Paulo publicou decisão afirmando que nem a justiça paulista nem “qualquer outro órgão público” poderia vetar a realização de manifestações contra Bolsonaro fora da Avenida Paulista no 7 de setembro.

Tudo leva a crer que a decisão da justiça do estado, historicamente ligada à direita tucana, foi um recuo destinado a evitar maiores prejuízos ou mesmo a desmoralização do governador. Independentemente disso, porém, os fatos expuseram de maneira cristalina de qual lado da luta política em curso Doria está. 

É sabido que um amplo setor da esquerda pequeno-burguesa aderiu à chamada política de Frente Ampla, isto é, à política que prega a união da esquerda com setores da direita que seriam supostamente “antibolsonaristas”. Doria, para essa esquerda, teria todos os requisitos para figurar na ala dos que lutam contra Bolsonaro: é defensor das vacinas, ao contrário do presidente negacionista, além de profundo respeitador das ditas instituições democráticas, ao contrário dos ímpetos golpistas do ex-capitão. 

O recente episódio pôs a nu o quão falsa é a concepção da esquerda a respeito de Doria e da direita golpista em geral. Doria, o “democrata”, não só entregou de bandeja a Avenida Paulista para os bolsonaristas, como proibiu a esquerda de realizar seus atos contra Bolsonaro. Detalhe: em todo o estado. Se Doria é um aliado na luta contra Bolsonaro, então devemos nos perguntar quem são nossos inimigos…

O “civilizado” e “democrático” João Doria, é preciso recordar, foi um dos maiores entusiastas do golpe contra o governo do PT. Participou ativamente da campanha contra a presidente Dilma Rousseff, foi um aguerrido e insistente defensor da prisão de Lula e, como não mencionar, foi eleito para o governo do estado de S. Paulo, em 2018, sob o lema de “Bolsodoria”. Doria, desde o princípio, foi um fiel representante da direita golpista e um legítimo colaborador do bolsonarismo. Os acontecimentos envolvendo o 7 de setembro reforçam e comprovam pela milésima vez essa caracterização. Na hora H, João Doria se postou ao lado de quem? E contra quem?

Do ponto de vista daqueles que lutam contra Bolsonaro e os golpistas de conjunto, ficou ainda mais clara a necessidade de superar a política de Frente Ampla, cuja serventia para a defesa dos direitos democráticos e dos interesses do povo é nenhuma e que não cumprem outra função que não subordinar as organizações da esquerda aos desígnios da burguesia. A aliança com Doria e seus congêneres é o caminho para a derrota do movimento.

Diante disso, é preciso enfrentar a decisão ditatorial de João Doria, denunciando seu compromisso com o regime golpista e a direita liderada pelo presidente ilegítimo Jair Bolsonaro. Não é possível depositar nenhuma confiança na justiça paulista, dominada há tempos pelos tucanos, e tampouco é possível cogitar qualquer iniciativa que indique a desistência da realização dos atos. Entregar as ruas para os bolsonaristas não poderia ser qualificada senão como crime, uma atitude covarde e capituladora, que levará o povo a ser esmagado pela extrema direita. Aqui, como em qualquer outro desafio político, é preciso seguir os ensinamentos da história: a única forma de fazer os fascistas recuarem é por meio da ação das massas, da mobilização popular. Não há outra saída.

Mais do que nunca é preciso Intensificar a convocação da mobilização, convocando os trabalhadores e a juventude, nos seus locais de trabalho, estudo e moradia, a saírem às ruas no dia 7, contra ditadura de Bolsonaro e Doria.

O Partido da Causa Operária, nesse sentido, chama o conjunto da militância e do ativismo de esquerda a participar das plenárias do Bloco Vermelho em todo país. Em São Paulo, a plenária ocorrerá no CCBP, na Rua Serranos nº 90, no domingo, às 15h, e em todas as principais capitais o partido, junto aos Comitês de Luta, estará organizando esta atividade. Abaixo a ditadura de BolsoDoria!

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