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Força desproporcional

Polícia reprime manifestações gigantescas na França

Iguais em todo o mundo, polícia francesa responde a manifestação contra brutalidade policial com severa repressão a manifestantes

A mesma polícia francesa que ontem realizou protestos exigindo seu direito de continuar a estrangular cidadãos demonstrou mais uma vez seu caráter fascista. Milhares de manifestantes antirracistas que foram para o Centro de Paris, neste sábado (13), acabaram sendo reprimidos violentamente pelo aparelho burguês da violência Estatal.

O grupo de manifestantes seguia denunciando a violência da polícia, fazendo eco à onda de indignação que tomou o mundo após a morte do homem negro de 46 anos George Floyd nos Estados Unidos.

Na capital e por toda a França, especialmente na periferia das cidades, grupos de direitos humanos afirmam que persiste o tratamento violento da polícia francesa contra os moradores, frequentemente com raízes imigrantes.

Os manifestantes saíram nas ruas entre 15 mil pessoas e se concentraram na Praça da República no início da tarde, após convocação do Comitê Adama Traoré, jovem morto pela polícia em 2016.

Os participantes do ato pretendiam realizar uma marcha até a Praça da Opéra, um percurso de cerca de 2,5 quilômetros pelo centro de Paris. No entanto, a polícia cercou as ruas em torno do ponto de partida do cortejo, impedindo que os manifestantes pudessem circular pelas ruas em direção ao destino previsto.

No final da tarde, muitos manifestantes desistiram de marchar e deixaram a Praça da República pelos poucos acessos permitidos pelos policiais. Centenas se reuniram em torno de um palanque com carro de som organizado pelo Comitê Adama Traoré e continuaram o ato de forma pacífica.

Alguns manifestantes resistiram tentando passar pelas ruas bloqueadas, a polícia os cercou e atirou bombas de gás lacrimogênio para dispersá-los. Alguns reagiram atirando garrafas e pedras e confrontos foram registrados nas últimas horas da manifestação.

O Ministério do Interior disse que a marcha não havia sido declarada e que, devido à pandemia de coronavírus, reuniões públicas de mais de dez pessoas estão proibidas. Porém, Assa Traoré, líder do Comitê Adama Traoré e irmã do jovem morto pela polícia em 2016, afirmou que as autoridades foram sim informadas sobre o trajeto do protesto.

Dentre os cartazes carregados pelos manifestantes na Praça da República, um deles dizia: “Espero que não seja morto por ser negro hoje”. Outro mais incisivo alertava o governo: “Se você semear injustiça colherá a revolta”.

A líder Assa Traoré discursou para a multidão: “A morte de George Floyd ecoa com força na morte do meu irmãozinho na França”, disse. “O que está acontecendo nos Estados Unidos acontece na França. Nossos irmãos estão morrendo”.

Segundo a família de Traoré, ele foi asfixiado quando três policiais prenderam-no no chão com o peso dos seus corpos. As autoridades policiais alegam que a causa da morte dele não está clara.

O ministro do Interior, Christophe Castaner, disse reconhecer que há “suspeitas comprovadas de racismo” nas agências policiais da França. O fato foi o estopim para uma revolta dos policiais que dizem se tratar de uma acusação generalista.

Esta alegação é completamente ilusória, uma vez que toda a estrutura policial em qualquer parte do mundo é concebida para esmagar os pobres e, portanto, está bem longe de ser uma instituição democrática a serviço da população.

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