Desde o início da pandemia de coronavírus os petroleiros vem sendo uma categoria massivamente atingida e esmagada pelo vírus, chegando a 800 petroleiros infectados, dos que conseguiram ser testados, chegando a 1.642 suspeitos.
Segundo relatos dos sindicalistas da FUP, a direção nazista da Petrobrás não vem tomando nenhuma medida preventiva sequer. Tanto com os trabalhadores em solo, quanto os mais vulneráveis ainda que estão em alto mar, onde, até 30 de abril, se concentrava 329 dos doentes confirmados, segundo dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP).
O número de testes é irrisório, visto no número acima, onde mais de mil e quinhentos trabalhadores não tem sequer o direito de saberem se estão doentes. Não há médicos nos postos de trabalho para fiscalizar a febre, fazer consultas, não há máscaras, álcool, testes… e o mais importante, a categoria não está paralisada.
Nessa situação dramática, onde a única coisa que há é uma pandemia e infecções generalizadas, a categoria não deveria estar trabalhando. Estão jogados à própria sorte. E quando se infectam são despejados em solo, sem nenhuma comprovação da doença, sem teste, e voltam para suas casas para morrerem longe dos hospitais super lotados e infectarem toda sua família.
A FUP, com métodos do sindicalismo reformista, tentar pressionar com procurações ao Ministério Público e aciona a Justiça para barrar a carnificina que está em marcha nos postos de trabalho da Petrobras. A mesma Justiça que tornou a greve desse ano ilegal, fazendo com a Fafem (Araucária-PR) fosse desmantelada, gerando a demissão de centenas de funcionários.
É preciso uma política séria e consequente para barrar a carnificina na Petrobras, deve-se parar toda produção já. Lançar os trabalhadores, de todas os setores da empresa, para seus postos de trabalho sem nenhuma medida preventiva é nada menos que uma política fascista da direção da empresa. Os setores essenciais devem trabalhar com todas as medidas de segurança necessárias, criar mais turnos de pessoal reduzido, e os não-essenciais pararem até o fim da pandemia. Barrar toda e qualquer demissão.
É preciso parar toda Petrobras!