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Política de massacre do povo.

Não há política de tratamento, apenas escolhem quem morre primeiro

Só uma reação ontundente da classe trabalhadora organizada, vai evitar o massacre da população atingida pela vírus, e que está sendo publicamente descartada pelos governantes.

Na última sexta (1º), no Estado do Rio de Janeiro totalizou mais de 900 mortos. Um estarrecedor aumento de quase três vezes mais do que os números registrados há dez dias. 

Os hospitais já não suportam mais tantos casos. O colapso é iminente. No Hospital Municipal Salgado Filho, os corpos ficam no subsolo enquanto um contêiner frigorífico não é instalado, obrigando a Secretaria Estadual de Saúde e o Conselho Regional de Medicina  a se reorganizarem com novas estratégias para lidar com o colapso: vão ter que escolher quais doentes vão ter direito a uma vaga na UTI.

Os hospitais têm necrotérios, mas, quando o fluxo aumenta muito em curto período, as câmaras refrigeradas disponíveis não dão conta de todos os corpos. Eles ficam, então, em local inadequado por certo tempo, aguardando a remoção. Isso é o que nos explica o médico Raphael Câmara, representante do Cremerj (Conselho Regional de Medicina do RJ):

“Quando é alguém mais abastado que morre, imediatamente contrata uma funerária e já tira. Se está demorando muito, provavelmente é uma família que não tem dinheiro para retirar e tem que passar pelo processo de solicitar à prefeitura”, .

Típica resolução de um governo fascista, cuja preocupação não cria alternativas de resposta para contenção do colapso e o avanço do contágio e mortes, e pouco se importando com essas pessoas de baixa renda. Aliás, aqui a solução vem para ordenar quem vai para o saco primeiro, que, no fundo, é uma solução mascarada e que esconde os reais interesses.

E, como já era de se esperar quem paga o pato é o trabalhador, que não tem como parar e nem recebe condições para que trabalhe com segurança, como é o caso de mais um carteiro vítima dessa bizarrice toda do governo. É o que conta seu filho, vejamos:

“Meu pai tinha 50 anos. Carteiro amante da profissão. Fazia trilha periodicamente, ia na academia diariamente, tinha alimentação saudável, não tinha doença pré-existente. Era um cara cheio de vida”.

O descaso é tanto, que a falta de investimento em equipamento, insumos, leitos e UTIs faz com que doentes precisando da assistência hospitalar, sejam abandonados a sua própria sorte logo depois da consulta, mesmo sendo um imperativo a sua internação. E não são poucos, são mais de 600 doentes precisando de vaga no hospital, e  quase 400 pacientes internados em estado grave, suspeitos ou confirmados de coronavírus, esperando por um leito na UTI, por um respirador. 

Neste relato, vemos uma necessidade que poderia ser muito rapidamente resolvida com hospitais de campanha devidamente equipados, ou mesmo leitos em estádios de futebol, como já até anunciado, mas que não tem, no seu planejamento e execução, uma prioridade do Estado, ou do Município, que não vê nisso uma grande importância para que se virem do avesso para conseguir as condições para salvar essas pessoas. 

Mas, ao invés disso, se reúnem para decidir quem morre primeiro.

De fato, o dilema diante da escolha de quem vive ou morre é bem conhecida na história recente de países, como a Itália e a Espanha, onde o sistema de saúde ainda tem solução para salvar alguém, não só nas internações mais graves e que precisam de UTIs, como também no início, depois de confirmado o contágio, o que inclui uma investigação do grupo de pessoas que estão ao redor do infectado e o isolamento de todos com o devido acompanhamento do caso. É claro, que neste último caso, só mesmo a Coréia e a China deram conta de tanta eficiência.

Mas esse não é o caso do Brasil, porque aqui nada disso acontece!

É como falamos acima: hospitais sem leitos de UTIs, sem respiradores, sem testes, sem equipamento até para a segurança de quem está na linha de frente dessa guerra. A escolha não é mais de quem vai morrer, e sim como vão congelar os corpos à espera de caixões e covas, que não se sabe ainda nem como nem onde será.

Infelizmente, já chegamos a esse ponto. Os corpos serão empilhados onde for possível, no subsolo, nos pátios mais escondidos, até não poderem mais por falta de espaço. 

A Secretaria Estadual de Saúde, tenta, com respostas evasivas e pesquisas inócuas, lidar com a situação sabendo que não haverá investimento para o que precisa fazer, mas tendo que mostrar serviço para que não fique mal com a opinião pública. Então arruma umas maratonas como essas. Se não podem falar a verdade, porque assim precisaria entregar os governantes, que estão de braços cruzados repetindo sem parar que não tem mais dinheiro, enquanto distribuem fortunas para os bancos e outros tubarões capitalistas.

Depois de tudo o que estamos vendo, já era de se esperar que os órgãos públicos à frente desse combate, já tivesse se antecipado a isso e se preparado melhor para o pior cenário. Mas não é assim que acontece. A prefeitura do Rio, sem nenhuma pressa, avisa que contratou 126 médicos para trabalhar no hospital de campanha, e que, pasmem vocês, não deu um prazo para o funcionamento completo. 

Não é inacreditável isso? Não é um escândalo?! Depois dizem que é um exagero afirmar que eles são uns fascistas, e estamos diante de um massacre, um genocídio da população mais pobre e carente!!!!

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