As declarações dadas na última quinta-feira pelo então secretário especial de Cultura do governo Bolsonaro, Roberto Alvim, que apareceu em vídeo oficial plagiando o discurso do ministro da Cultura e Comunicação de Hitler, Joseph Goebbels, anunciando o plano geral do bolsonarismo de tomada da Cultura para a criação de uma “nova cultura” e uma “nova civilização” no Brasil e a implantação de uma arte nazista, esclareceu vários pontos da política nacional, da direita à esquerda.
Do ponto de vista da extrema direita, Alvim nada mais fez do que anunciar os planos escusos do bolsonarismo para o País. Ainda mais esclarecedor neste episódio foi o papel da esquerda. O PSTU, por exemplo, criticou a fala do nazista e pediu ao chefe do aspirante a Goebbels brasileiro, que seu secretário fosse substituído. Para além das alegorias, o pedido do PSTU ao Hitler brasileiro, para que ele, Bolsonaro, substituísse o seu secretário da Cultura é a demonstração da total falência desta esquerda brasileira frente ao fascismo.
Essa falência tem seus alicerces na política pequeno burguesa do “Fica Bolsonaro”, ou seja, a política de permitir que Bolsonaro complete ao menos seus quatro anos de governo e eles, em sua ilusão, ao final destes anos, em 2022, voltariam triunfantes a frente do povo brasileiro. Essa política se ampara numa suposta falta de preparação do povo brasileiro para derrubar o governo fascista de Jair Bolsonaro e que sendo assim, deveriam organizar o povo para resistir a cada um dos milhares de ataques já impetrados pelos golpistas, o que já se mostrou em todos os aspectos o caminho pavimentado das derrotas, como no caso dos ataques mais gerais como a implementação das reformas da Previdência e trabalhista. E com essa mentalidade, a esquerda acredita que o povo não está preparado para derrubar Bolsonaro e assim se colocam no papel de Conselho corretivo do governo fascista uma verdadeira falência política.
Esta política da esquerda pequeno burguesa tem que ser radicalmente combatida, sob pena de termos no Brasil o fascismo se aprofundando e se organizando, assim como fez na Itália, Alemanha, Espanha entre outros. Pois como Bolsonaro já falou durante seus comícios, “Vamos metralhar a Petralhada!”, “Vamos matar pelo menos uns trinta mil”, tudo isso está no planejamento do governo golpista, só não pode ser falado no momento.
Na contra mão desta esquerda capituladora, estão os comitês de luta contra o golpe e o Partido da Causa Operária se organizando para combater as ameaças cada vez mais escancaradas dos bolsonaristas através de uma ampla campanha de agitação e propaganda para além da denúncia contra os secretários e o presidente ilegítimo, que organize a população para a derrubada do governo Bolsonaro e todos os fascistas no poder.
Esta campanha pelo “Fora Bolsonaro!”que há muito está nas ruas, neste momento está sendo reforçada PELO PCO através da realização da 45 Universidade de Férias do PCO e da plataforma digital Universidade Marxista que realizam neste momento o curso: “Fascismo, o que é, e como combatê lo”. Por meio do estudo do Fascismo na história podemos perceber que os erros de hoje da esquerda nacional, já ocorreram em todos estes países, então, nada de lutas institucionais, jurídicas, eleições, se elas não vierem em primeiro lugar embasadas na mais ampla mobilização pelo Fora Bolsonaro.