“Quando mudam os fatos, eu mudo de opinião”, dessa forma o presidente do Itaú, o maior banco privado do Brasil fala a respeito de que política econômica o governo Bolsonaro deve seguir frente a crise economica.
Em todo mundo, mesmo países como a Alemanha, conhecidos por sua dura política de austeridade fiscal, começaram a anunciar grandes pacotes de contenção a crise econômica. Os bancos centrais abriram os cofres nos principais países do mundo, ao ponto dos Estados Unidos, o principal país imperialista, estar disposto a injetar trilhões na economia.
“Um novo plano Marshall” está por vir, declaram importantes políticos norte-americanos. No mesmo sentido, a burguesia de todos os países passam a dar declarações fundamentais que denotam o nível da crise econômica. De acordo com o ex-economista do FMI, Kenneth Rogoff, “os governos devem gastar como na guerra”.
Com base nisso, o presidente do Itaú, Candido Bracher, reforça: “diferentemente da crise de 2008, essa não é uma crise estritamente financeira. Ela tem consequências financeiras, aspectos financeiros, mas é uma crise de produção. Não é por acaso que você equipara a uma guerra”. Com estas declarações, os principais defensores da política neoliberal no mundo se portam.
Bracher em todas suas recentes declarações vai na contra mão de tudo que apoiava até então. De acordo com o mesmo existe grande necessidade do governo investir muito em programas sociais e na sustentação financeira da população, da mesma forma com que impeça a falência das empresas.
A preocupação é clara: a burguesia teme o povo, e com a crise econômica de proporções históricas, teme desesperadamente.
A própria citação de Bracher, em esta ser uma crise de produção também, define a profundidade do colapso capitalista. Muitos presidentes imperialistas já declaram que vão fazer de tudo para não deixar as empresas falirem (vide Macron), no entanto, no momento a burguesia é obrigado a dar outro recado: o governo precisa segurar o povo.
No Brasil e em todo mundo os exemplos são diversos do porque a burguesia tanto teme o povo neste período. Só na Itália milhares entraram em greve, no Brasil há protestos, greves, e verdadeiras declarações de ódio contra o governo do fascista Bolsonaro e os grandes empresários que, com o aprofundar da crise, recebem todo o dinheiro que poderia estar indo para o povo.
A política de tudo aos empresários e nada ao povo se tornou insustentável, por isso economistas como Nelson Barbosa dão fortes declarações da necessidade de abrir os cofres do Banco Central brasileiro, e citam como exemplo os erros cometidos inicialmente na Europa, quando ao subestimar a crise deixaram de injetar dinheiro no mercado e em programas sociais.
A crise leva o mundo ao colapso, os capitalistas ao desespero e o povo a mobilização, este é o caminho que vemos toda a crise da economia, aprofundada pelo vírus corona seguir.