A posse de Jair Bolsonaro, nessa terça-feira (01), foi reveladora da escancarada fraude nas eleições presidenciais, que levaram um fascista pau-mandado do imperialismo à Presidência da República.
Como de costume, os bolsonaristas e a imprensa burguesa (que agora não passa de uma rede de propaganda do novo governo golpista) manipularam a estimativa do público que compareceria à sua posse. A equipe de Bolsonaro anunciou, e seus blogs de notícias falsas e a própria Rede Globo (mestra das mentiras) repercutiram que haveria entre 250 mil e meio milhão de pessoas na posse. Um absurdo com o único objetivo propagandístico de distorcer a realidade.
Na noite de ontem, os números já haviam diminuído, diante do comparecimento muito abaixo do alardeado. A Globo falou em 115 mil pessoas, dizendo cinicamente que “o povo lotou as ruas” na Esplanada dos Ministérios. As imagens, no entanto, em todas elas, mostraram uma realidade muito diferente.
Havia, na verdade, pouco mais de 5 (cinco) mil pessoas. Relatos de analistas afirmam inclusive que as pessoas que assistiram à posse eram familiares de membros das Forças Armadas.
A direita e a extrema-direita não conseguiram levar multidões à posse de seu “líder”. Falavam até mesmo em levar mais gente do que houve na posse do ex-presidente Lula, em seu primeiro mandato, quando 250 mil pessoas estiveram presentes.
Mesmo com todo o apoio da imprensa golpista, do aparato estatal, do empresariado e do conjunto da burguesia, de máquinas estatais, a direita não conseguiu expressar a suposta “força popular” que tanto os bolsonaristas dizem ter.
Se Bolsonaro fosse tão popular, tivesse verdadeiro apoio do povo, se realmente tivesse tido quase 58 milhões de votos, haveria muito mais gente em sua posse. Ela estava claramente esvaziada e revela o real tamanho de sua popularidade.
O público ridículo em sua posse denuncia o caráter abertamente fraudulento das eleições que levaram Bolsonaro ao cargo que ocupa atualmente. Da prisão e impedimento de Lula concorrer, até o controle para que as urnas eletrônicas fossem fraudadas e computassem mais votos para o candidato fascista, as eleições foram a maior farsa do período dito “democrático”.
Trata-se de uma ampla propaganda enganosa, difundida pelos meios de comunicação da burguesia e pela extrema-direita, a fim de aparentar uma falsa legitimidade de Bolsonaro. Ele, na verdade, é um presidente tão ilegítimo quanto Michel Temer, sendo, na realidade, uma continuidade e um aprofundamento do golpe de Estado.
Bolsonaro foi imposto pela burguesia e pelo imperialismo, contra a vontade da maioria da população, para implementar os mais severos ataques contra o povo brasileiro. Bolsonaro, que não tem verdadeiro apoio popular, vai implantar um regime de aberto terror contra os direitos do povo, de políticas absolutamente antipopulares.
Por isso deve ser combatido, sem trégua, pelas classes populares. A esquerda e os movimentos sociais devem se organizar, se unir, de maneira independente da direita e da burguesia, a fim de colocar abaixo o governo ilegítimo de Bolsonaro e o golpe de Estado.