Os trabalhadores do Banco do Estado do Pará (Banpará) estão comendo o pão que o diabo amassou nas agências da capital do estado.
Devido a política de repactuação de dívidas dos servidores do Estado com o banco, as agências passaram a ficar superlotadas e, a diretoria do banco, para atender a demanda de clientes, antecipou a abertura das agências, que passaram a abrir as suas portas a partir das 8h.
Em consequência do aumento significativo do público nas agências, os trabalhadores bancários estão submetido a uma maior exploração com o aumento a carga horária em decorrência da política dos banqueiros e seus governos de enxugamento do quadro funcional através dos famigerados Planos de Demissão “Voluntária” (PDV).
Recentemente o banco implantou mais um PDV reduzindo ainda mais o número de funcionários, penalizando aqueles que permanece na empresa através da superexploração dos mesmos.
Para a diretora do Sindicato dos Bancários do Pará, Vera Paolini, que visitou diversas unidades do banco, constata a superlotação e reivindica a “imediata reposição de funcionários nas agências em que houve aceitação do PDV e, consequentemente, redução do quadro de pessoal” . (site sindicatos dos bancários do Pará)
É sempre bom ressaltar que o enxugamento do quadro do banco é parte de uma política geral dos banqueiros onde já ocasionou a demissão de mais de 5 mil trabalhadores bancários apenas no ano de 2019. O Banpará foi um dos poucos bancos estaduais que não foram privatizados na famigerada era FHC (PSDB), que privatizou a maioria desses bancos e, agora, com o golpe, que traz de volta os neoliberais da escola de Chicago, abriu-se uma nova etapa de privatizações. O estado do Pará é controlado por um representante direto, Helder Barbalho, do que é mais atrasado e reacionário no cenário político do país, um subserviente aos interesses dos banqueiros nacionais e internacionais privados, que querem a todo custo confiscar o património do povo brasileiro.
Os bancários do Banpará não devem aceitar mais esse ataque dos patrões, e através das suas entidades de luta, organizar uma mobilização contra a política de superexploração dos trabalhadores.