Até mesmo o Datafolha reconhece: 68% dos paulistanos que usam planos de saúde consideram que a lei beneficia as empresas e prejudica os consumidores.
A pesquisa foi divulgada nessa terça-feira (26) no 3º Seminário Folha sobre Saúde Suplementar. “Quanto maior a instrução, mais críticas se formar”, disse Mauro Paulino, diretor do Datafolha, que realizou a abertura do seminário, que ocorreu no auditório da Unibes Cultural, em São Paulo. O evento foi patrocinado pela Unimed e Qualicorp. E contou com o apoio da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) e da Associação Nacional de Administradoras de Benefícios (Anab).
A pesquisa também revelou que 39% dos paulistanos que têm planos de saúde se sentem desprotegidos, sendo esse sentimento mais alto entre os mais instruídos.
E que um a cada dez clientes de planos de saúde chegaram a recorrer à Justiça contra as empresas prestadoras do serviço. Sendo as reclamações judiciais referente a principalmente não autorização dos serviços: cirurgias (38%), exames (14%). Seguido de aumento abusivo (11%) e cobranças indevidas (8%).
Por fim, a pesquisa também aponta uma grande insatisfação com a transparência nas informações como de reajuste, carências e coberturas (72%). Seguida de insatisfação com falta de psicólogo e psiquiatra (68%).
O seminário que apresentou essa pesquisa mostra que a Datafolha em parceria e os próprios planos de saúde são obrigados a reconhecer que o povo sabe que as leis apenas beneficiam as empresas e as máfias dos planos de saúde.
Com o congelamento de investimentos em saúde e educação por 20 anos aplicado pelo governo golpista e ilegítimo de Michel Temer e continuado pelo igualmente golpista e ilegítimo Jair Bolsonaro, juntamente com o acelerado aumento das privatizações, a população vai precisar recorrer cada vez mais a máfia da saúde privada.