No dia 3 de maio, alunos da Universidade Federal da Bahia (UFBA) denunciaram, através das redes sociais, a entrada de militares nos pavilhões de aulas em Salvador.
Um estudante conseguiu tirar uma foto no Pavilhão de Aulas da Federação 3, em que se encontram dois militares com uma planilha nas mãos. De acordo com relatos, os militares foram vistos fotografando cartazes e pichações.
O Diretório Central do Estudantes (DCE) entrou em contato com a reitoria para saber o motivo da entrada dos militares nos pavilhões, “Ela ainda não nos respondeu, pois muita coisa aconteceu nesses dias, mas vamos aguardar”, afirmou o presidente do DCE, José Neto.
A UFBA foi uma das três universidades que tiveram seu orçamento cortado em 30% pelo ministro da educação, o fascista Abraham Weintraub, por “promoverem balbúrdias”, essas seriam, de acordo com ele, “Sem-terra dentro do campus, gente pelada dentro do campus”.
As medidas para atacar qualquer movimento social que esteja tentando atuar dentro das universidades estão aumentando. O local é onde se reunem muitos estudantes todos os dias, esses estudantes têm uma grande tendência a discutir e praticar política, principalmente quando as universidades estão sofrendo sucessivos ataques e ameaças, portanto, é natural que protestos como cartazes, pichações e mobilizações aconteçam.
Vale lembrar que o Restaurante Universitário do campus Ondina (UFBA), que também é usado por estudantes de outros campi, está fechado desde o dia 11 de fevereiro e deveria ter sido entregue no dia 08 de abril, prazo que não foi cumprido.
Esse acontecimento, junto com o aumento da repressão nas universidades, o qual podemos citar o caso da estudante negra que foi impedida de entrar na UFBA, revistada e ameaçada de ser levada à Delegacia em uma viatura policial, são provas do aumento da ofensiva contra os estudantes.
A tendência é que a presença militar seja cada vez mais frequente, principalmente nas instituições de ensino, a exemplo do Distrito Federal, onde a militarização de escolas públicas segue se intensificando. É necessário barrar a ofensiva fascista em todas os setores da sociedade e derrubar o governo Bolsonaro, que possue diversos militares em cargos importantes. Fora Bolsonaro! Liberdade para Lula!