No dia 1º de maio, dia internacional da luta do trabalhador, a Brigada Fantasma de Rachel Corrie, um grupo militante dos EUA, incendiou diversos carros em defesa da Palestina. Em sua nota oficial eles afirmam: “cortamos uma cerca, ateamos fogo em dez carros e estamos felizes que o incêndio se alastrou para queimar quinze carros!”
A brigada ainda lista os motivos: “fizemos isso pelos Mártires de Haymarket. Fizemos isso por todos os rebeldes negros e indígenas assassinados por escravocratas e colonizadores. Fizemos isso por todos os estudantes manifestantes brutalizados. Acima de tudo, fizemos isso pelos mártires palestinos! (e queremos lembrar ao mundo que a contagem ‘oficial’ está estagnada em 35.000 mártires porque os israelenses bombardearam todos os hospitais para impedir a reportagem precisa dos mortos).”
A ação foi feita como resposta ao ataque da milícia sionista à ocupação de UCLA, que aconteceu um dia antes. A nota afirma: “embora respeitemos as ocupações estudantis, particularmente aquelas que ocupam prédios e causam danos às faculdades, detestamos vê-las passivas e esperando serem atacadas. Pegue a polícia de surpresa! Eles não acreditam que vocês são livres! Mostrem que são! Ataquem antes que eles ataquem vocês!”
O grupo ainda envia uma lista de mensagem aos estudantes:
1- Nenhuma vitória simbólica. Não aceitem discursos, comitês e e-mails de desculpas. As duas exigências: Desinvestir! Anistia para todos!
2 – Sem negociações. Não cedam terreno até verem o dinheiro sendo retirado, as acusações sendo retiradas e as suspensões sendo canceladas.
3 – Não deixem que os desmobilizem! Não deixem os partidos, o governo estudantil ou a administração dizerem que acabou. Não acabou! Mantenham a ameaça de retorno presente, especialmente se a administração se recusar a atender às exigências.
4 – LUTEM! Defendam seus acampamentos! Se os irmãos da fraternidade vierem, quebrem as janelas da casa da fraternidade deles! Se os colonos sionistas vierem, joguem fogos de artifício neles! Se os policiais vierem, não apenas resistam à prisão, lutem contra eles! Eles vão odiá-los e espancá-los se vocês forem pacíficos ou violentos, e é hora de ser violento.
5 – Fora dos pátios, fora dos prédios, para as ruas! À medida que o semestre termina, isso não acabou. Lutem durante o verão. Quando o próximo ano começar, lutem também!
O grupo de tendências anarquista é um tanto sectário em sua política e talvez não faça uma análise mais concreta da situação política para medir esse uso da violência. No entanto, ele expressa a radicalização do movimento dos estudantes dos EUA.