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Esmagar o fascismo

É preciso colocar os galinhas verdes para correr, de novo!

O crescimento da extrema-direita não é um acaso, é preciso organizar milhares de companheiros em comitês nos locais de trabalho, bairros, universidades, para derrotar a direita

No dia 9 de novembro, a Frente Integralista Brasileira (FIB), realizou uma manifestação com o objetivo de homenagear três integralistas da velha guarda mortos recentemente e celebrar os 87 anos do chamado Manifesto de Outubro, que selou a fundação do movimento em 1932.

A manifestação ocorreu em São Paulo, perto do hoje Bar e Restaurante Guanabara, que tem um significado histórico para os integralistas por se tratar de onde ficava o Clube Português, onde Plínio Salgado redigiu o Manifesto de Outubro. Apesar da participação de 15 pessoas, no entanto, o episódio – diferente do que a esquerda tende a pensar e tratar como “meia dúzia de gatos pingados”, como se referia ao bolsonarismo – é um dado concreto de que a extrema-direita está levantando a cabeça novamente.

De acordo com seus líderes, em reportagem do golpista O Estado de S. Paulo, a FIB hoje tem “núcleos provinciais” em sete estados (SP, RJ, MG, PR, ES, CE e PE) e no Distrito Federal, além de representantes espalhados por todo o País. Cerca de oito mil filiados efetivos, dados do último “censo” realizado há seis anos segundo dados da entidade.

Todos os dias, sem nenhuma exceção, ao olhar a internet e os jornais, vê-se algum avanço importante da extrema-direita. A aprovação do pacote anticrime, a fundação do novo partido de Bolsonaro, o aparecimento de grupos de extrema-direita de Norte ao Sul do País, homens desfilando com a suástica em locais públicos. Todo dia há notícias que mostram o crescimento e a iniciativa da extrema-direita nacional. Por outro lado, a esquerda está concentrada na questão eleitoral.

Isso levará ao momento em que a extrema-direita, que se organiza por todos os lados, começará a atacar as organizações do movimento operário, o que levará a um completo fechamento do regime, que já é praticamente uma ditadura. Neste momento, a esquerda, que é especialista em lamentações, irá se perguntar “qual terá sido o problema?”, “qual foi o erro?”, “não soubemos combater as fake news nas eleições?”, “não demos a devida importância ao problema da segurança pública”, etc.

As lamentações não resolverão nada. Houve excesso de lamentação depois do golpe militar no Brasil, depois do golpe de Pinochet no Chile. “Porque não conseguimos, porque isso, porque aquilo”, dizia a esquerda. Na hora que se consumar a vitória da extrema-direita não adiantará se lamentar.

Por isso, é preciso ter a consciência do avanço e desenvolvimento da extrema-direita e que a esquerda está totalmente paralisada, sem iniciativa política nenhuma. É necessário fazer a mesma coisa que a extrema-direita está fazendo: organizar-se, mas de maneira mais profunda!

Como o companheiro Rui Costa Pimenta, presidente do Partido da Causa Operária (PCO), destacou em sua fala de encerramento da 2ª Conferência Aberta dos Comitês de Luta, da 1ª Conferência para cá houve avanço da esquerda, com cerca de 400 cidades onde há alguma iniciativa da organização da luta contra o golpe. Porém, na maioria destes lugares, os comitês estão mal organizados, não se reúnem com regularidade.

No segundo semestre a campanha dos mutirões pela liberdade de Lula e contra os golpistas não conseguiu alcançar as 400 cidades de forma regular. Rui concluiu que não adianta discutir, elaborar uma teoria política, formular uma palavra de ordem, resolver intelectualmente um problema político se não se consegue levar essas coisas para a ação política prática, para a organização das pessoas que querem lutar contra a burguesia, contra a extrema-direita, contra o fascismo. Essa é a tarefa fundamental.

As organizações de extrema-direita, independente das diferenças que tenham entre si, estão se organizando em todo o País, tendo o integralismo como tropa de choque. Não é um sonho ruim que vai passar. A extrema-direita veio para tomar o poder e impor a política de terra arrasada da burguesia em todos os países.

Por isso, é preciso opor à iniciativa da extrema-direita uma iniciativa séria, da esquerda combativa, classista. Como no dia 7 de Outubro de 1934, a Frente Única Antifascista botou os integralistas para correr, no episódio imortalizado como “A revoada dos galinhas verdes”, é preciso colocar os galinhas verdes para correr, de novo!

E para isso é necessário criar mais comitês, organizar os que existem, incluir milhares e milhares de companheiros em comitês, nos bairros, nas universidades, nos locais de trabalho, no campo, em todos os locais, comitês que sejam capazes de derrotar a direita e fazer o movimento operário avançar rumo à conquista de um governo dos trabalhadores.

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