Iván Duque chama ao "diálogo"

Colômbia: governo de extrema-direita tenta conter mobilizações

Depois de matar pessoas nas ruas por protestarem e impor toques de recolher, governo agora quer se reunir com manifestantes para chegar a algum acordo

A ditadura da Colômbia, que há décadas esmaga qualquer iniciativa de esquerda com extrema violência, mesmo o mais moderado nacionalismo burguês, não foi capaz de impedir grandes protestos no país inteiro e a realização de uma greve geral. Iván Duque, herdeiro político de Álvaro Uribe, ligado a milícias paramilitares de extrema-direita que massacram os camponeses no campo, tentou esmagar mais uma vez os trabalhadores e as massas por meio de uma brutal repressão. Pelo menos três pessoas já foram mortas, incluindo o jovem Dylan Cruz, assassinado pelo Esmad (Esquadrão Móvil Antidistúrbios), que se tornou um símbolo da repressão aos protestos.

Como Lenín Moreno no Equador e Sebastián Piñera no Chile, Iván Duque agora está tentando enganar a população prometendo “diálogo”. Não se sabe ao certo o que significa “diálogo” da parte de um governo que está assassinando pessoas no meio da rua por protestarem contra condições precárias de vida devido a décadas de políticas direitistas impostas pela força. Em qualquer caso, Iván Duque chamou o Comitê da Greve Geral para propor uma “política de diálogo”.

A CUT colombiana (Central Unitaria de Trabajadores) não compareceu, frente ao fato de que a reunião duraria apenas uma hora, depois de o movimento lotar as ruas de todas as grandes cidades da Colômbia, com o próprio governo admitindo que 200 mil pessoas teriam saído às ruas no ápice do movimento, número que pode ser muito maior ainda.

 

Mais paralisações

Indicando que não estão dispostos a serem enganados pelo governo direitista, os colombianos convocaram uma série de atos para hoje (27). O plano é paralisar tudo novamente, em uma nova greve geral, além de fazer panelaços em um velório que será um grande ato político em memória do jovem Dylan Cruz, assassinado pelas forças de repressão. O secretário da CUT Elis Fonseca anunciou que a ideia é “reforçar e elevar os protestos”.

 

Enfrentamento com o imperialismo

O que está acontecendo na Colômbia é expressão de um confronto que se alastra por toda a América Latina: o enfrentamento entre as massas e o imperialismo, principalmente dos EUA. Em 2008 o capitalismo entrou em uma nova etapa de sua crise permanente. A política do imperialismo é fazer os trabalhadores no mundo inteiro, e mais ainda os trabalhadores dos países atrasados, pagarem por essa crise para que os capitalistas possam continuar lucrando. Esse é o sentido das políticas neoliberais cometidas contra o povo por todo o mundo, com cortes de salário, direitos trabalhistas, empregos e serviços públicos.

Esse tipo de política está gerando reação popular em toda parte. Dessa vez, porém, diferentemente do que acontecia no começo dos anos 2000, o imperialismo e a direita submissa aos interesses do imperialismo não estão dispostos a ceder terreno ou a entrar em nenhum acordo. Por isso o que está colocado é um grande embate entre as massas e o imperialismo. No Brasil, é preciso se preparar para esse enfrentamento, colocando a palavra de ordem pelo Fora Bolsonaro! e estimulando a formação de comitês de autodefesa pelas organizações populares e operárias.

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