Ataque à Educação

Bahia: governo Rui Costa corta verbas das universidades

O governo da Bahia Rui Costa (PT), ao invés de liberar incentivos para as instituições de ensino, replica a política bolsonarista de sucateamento e de cortes de verbas.

Segundo associações de docentes das várias universidades públicas da Bahia, o governo estadual está cortando os recursos das instituições de ensino. De acordo com os cálculos realizados, existe uma média de 30% de cortes no orçamento total de manutenção que tem prejudicado, na prática, uma série de recursos, tais como água, energia, materiais básicos, reformas de infraestrutura dos prédios, bolsas de pesquisas, dentre outros itens.

Só a Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) não recebeu ainda cerca de R$ 19,1 milhões dos R$ 64,8 milhões em fundos estipulados pelo governo da Bahia. Ainda segundo a Adufs (Associação de Docentes da Uefs), as viagens de campo organizadas pelos professores e estudantes encontram-se suspensas pela falta de combustíveis nos transportes, não há papel higiênico, faltam equipamentos e materiais para a jardinagem do campus e é necessário, com urgência, realizar reformas prediais, que geralmente é a estrutura que mais sofre com o corte dos recursos. Segundo o presidente da associação, o instituto de ensino passa “o ano todo apertado”.

Os cortes atingem também a Universidade Estadual da Bahia (Uneb), cujo financiamento das pesquisas e as atividade de extensão encontram-se prejudicados, que por sua vez compõe o quadro de serviços prestados à comunidade, o que acaba afetando também a população diretamente. Sem a verba prevista, é impossível de manter os estudantes nas universidades, que são de origem pobre e dependentes das bolsas, que acabam não sendo garantidas. Segundo ainda a Associação de Docentes da Universidade Estadual da Bahia, mesmo que o dinheiro retido seja liberado agora no final do ano, seu uso fica comprometido, pois no final do ano letivo o exercício financeiro está fechando os gastos e a legislação impõe que as universidades licitem a aquisição de serviços e produtos, o que demanda tempo.

As Instituições de Ensino Superior (IES) também são afetadas, pois professores e estudantes não conseguem incentivos para o pagamento das passagens e das hospedagens para apresentar seus estudos e trabalhos em outras cidades e países. As pesquisas ficam então comprometidas, pois o compartilhamento do conhecimento produzido nas instituições não acontece.

Diante dos sucessivos ataques à Educação, as associações docentes acabam se organizando em torno da luta pela liberação das verbas e funcionamento pleno das universidades, pois os professores, pesquisadores e alunos são as pessoas mais diretamente prejudicadas pela retenção do dinheiro destinado às instituições de ensino. Já ocorrem inúmeras tentativas para contornar o problema do sucateamento sem muito sucesso, como a solicitação de emendas parlamentares junto à Assembleia Legislativa da Bahia, com o objetivo de conseguir mais recursos nos próximos anos.

O que mais chama atenção nisso tudo é que a política de cortes de verbas para a educação, que ficou associada à figura do ministro da educação bolsonarista Abraham Weintraub, já está sendo replicada a nível estadual através da administração do governador Rui Costa (PT). Este deveria supostamente seguir uma política mais à esquerda, alinhada com os interesses das camadas mais populares, que é a base que o elegeu. O próprio Abraham Weintraub publicou em uma rede social a seguinte mensagem: “Vamos fazer uma materiazinha com o contingenciamento? Ou seria corte? A Bahia está segurando a grana das universidades estaduais!”

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