Nesta segunda-feira (13/05), o policial Calixto Luedy Filho vai a julgamento no 2º Tribunal do Júri de Belo Horizonte. Calixto Luedy Filho foi um pistoleiro contratado para comandar uma ação a mando de latifundiários que resultou num massacre que ficou conhecido como Massacre de Felisburgo, município de Minas Gerais, em 2004.
Calixto, juntamente com o latifundiário Adriano Chafik e outros 16 pistoleiros atacaram o acampamento Terra Prometida, sob a coordenação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST). O massacre resultou na morte de 5 trabalhadores rurais e centenas de feridos.
No massacre os trabalhadores Iraquia Ferreira da Silva (23 anos), Miguel José dos Santos (56 anos), Juvenal Jorge da Silva (65 anos), Francisco Ferreira Nascimento (72 anos) e Joaquim José dos Santos, (48 anos) foram brutalmente assassinados sem chance nenhuma de defesa.
A justiça demorou 15 anos para iniciar a punição desses pistoleiros e do mandante do crime, que foi condenado em 2017, mas está foragido. A justiça golpista está para perseguir os trabalhadores do campo e dar cobertura para os assassinos e latifundiários do campo, portanto, os movimentos de luta pela terra devem acompanhar de perto e mobilizar os trabalhadores no caso.
A situação atual é mais crítica que no período do massacre de Felisburgo. Por isso, é necessário a formação de comitês de autodefesa dos trabalhadores do campo e lutar pelo direito democrático de se autodefesa com o armamento da população.