A cada novo levantamento de dados acerca de assassinatos de pessoas no País, fica patente a verdadeira guerra em curso contra todo o povo e o massacre contra a população negra, a quem tem maiores porcentagens dentre as vítimas
No último período, de acordo com o Atlas da Violência 2019 – que divulgou dados relativos ao ano de 2017 – foi constatado o aumento de mortes no País, com recorde de quase 66 mil mortos naquele ano. Dentre esse número exorbitante de homicídios, as vítimas negras, do total das pessoas assassinadas, a pesquisa mostra que 75,5% eram negras (pretas e pardas).
Das mulheres assassinadas, os dados apontam que as negras e pardas representam 63,4%.
Não é por coincidência ou algo simplesmente natural, o aumento da violência e propriamente da repressão, são decorrentes do avanço da extrema-direita e de um regime político atroz contra a população.
Um dos pontos que a imprensa burguesa bate na tecla e os órgão que realizam essas pesquisas tendem a enfatizar, está relacionado ao tráfico; essa justificativa nada mais mostra que tenta-se mudar o viés real que tem por trás desse número alto de assassinatos que deixam claro que os negros são os principais alvos. Em grande medida, os assassinatos se dão por parte da polícia (6.200 assassinados reconhecidos oficialmente, no ano passado),o aparato de repressão do estado burguês e máquina de matar da população negra e pobre.
Essa situação somente tende a piorar com a extrema-direita e o regime golpista, que cada vez mais massacra a população, destacadamente, a negra que já compõe um setor oprimido da população de conjunto. Logo, no momento que está colocado, é preciso impulsionar a luta do povo negro no sentido de derrotar o governo fascista e barrar a ofensiva da extrema-direita.