Em Verona, foi aprovado pelo Conselho Comunal a proibição da realização do aborto. Na última sexta-feira (5), houve votação, e por 21 votos a favor e seis contrários a criminalização da prática se manteve na cidade italiana. A votação, se deu por uma moção aprovada na qual declarava que Verona se coloca contra a legalização do aborto e que estaria alinhada as organizações religiosas no combate a prática.
A medida foi chancelada pela extrema-direita italiana, representada pelo prefeito Federico Sboarina e pelo direitista Liga Norte. Em uma clara política demonstrativa de ataque contra as mulheres italianas, a medida vem mascarada por meio do fortalecimento de um programa cujo objetivo é cuidado familiar e materno, ou seja, a boa e velha demagogia com as reivindicações concretas das mulheres.
Com tal decisão, não se inclui em momento algum que a legalização do aborto também parte do principio de cuidado, uma vez que é uma questão de saúde pública. A medida expressa a maneira reacionária como setores conservadores e direitistas consideram a situação, sem levar em conta que milhares de mulheres que morrem em clínicas clandestinas. Não somente representa um avanço de políticas que atacam as mulheres, mas também representa o caráter urgente da luta das mesmas por sua emancipação.
Lideres de esquerda, denunciaram que a medida remetia a tempos da idade média, onde as mulheres tinham todos seus direitos subjugados e que agora com sua aprovação, torna a luta das mulheres um processo ainda mais tortuoso pela garantia de direitos mínimos e necessários como o direito ao aborto.