O candidato abutre, Guilherme Boulos do PSOL, em entrevista para a Revista Fórum, no último dia 11 de maio demonstrou mais uma vez o caráter direitista de sua política. Questionado sobre a questão da violência e o controle das armas, Boulos afirmou que quem deveria cumprir um papel de fiscalização das armas no país deveria ser as próprias forças armadas. Ou seja, as mesmas forças armadas que organizaram o golpe militar de 1964, que tiveram participação direta na execução de milhares de militantes e ativistas durante a ditadura, que participaram da execução da vereadora do PSOL, partido de Boulos, Marielle Franco e, nesse momento, intervém nas favelas cariocas impondo um regime de terror contra o povo.
A proposta de Boulos é fortalecer ainda mais os órgãos de repressão do estado, ou seja, aumentar ainda mais a violência estatal contra o povo pobre. Em um contexto, no qual, o golpe se aprofunda cada vez mais no país, onde os direitos dos povo são pisoteados, militantes, ativistas, e mobilizações de esquerda são alvos de balas de grupos fascistas, a principal liderança popular do país está encarcerada em uma masmorra em Curitiba, a esquerda-pequeno burguesa e seu principal representante, Guilherme Boulos, lançam-se de cabeça na farra eleitoral, em uma eleição que tudo indica que será completamente fraudada e servirá apenas para dar uma aparência de legitimidade ao golpe.
Boulos, que nada fala e faz para denunciar o golpe, participa das eleições como um elemento de confusão. Não contente fazer uma frente com a direita na legitimação do golpe, o candidato do PSOL ainda defende uma política de recrudescimento das forças repressivas contra o povo, como as forças armadas, as mesma que estão por traz do aprofundamento do golpe de estado.