América Latina

EUA estariam cogitando assassinato de Nicolás Maduro

Reportagem da revista Politico discute a atual estratégia do governo norte-americano

Na última semana, a revista norte-americana Politico publicou uma matéria detalhada que explica a nova estratégia do governo de Donald Trump para derrubar o presidente venezuelano Nicolás Maduro. De acordo com a jornalista Nahal Toosi, que assina a reportagem, a abordagem de Trump em seu segundo mandato mudou significativamente, afastando-se da retórica aberta de “mudança de regime” e concentrando-se em uma campanha implacável contra o tráfico de drogas.

A reportagem de Toosi, baseada em conversas com fontes anônimas “familiarizadas com a situação”, detalha as medidas que compõem essa nova campanha. O governo Trump tem rotulado grupos criminosos venezuelanos como organizações terroristas, realizado ataques aéreos contra embarcações suspeitas de transportar drogas e aumentado a recompensa pela captura de Maduro para impressionantes 50 milhões de dólares. A campanha se justifica como uma operação de combate ao crime organizado, mas, nas palavras de um oficial do governo, se a pressão “acaso derrubar Maduro, o presidente e sua equipe ficarão encantados”.

A matéria levanta a seguinte questão: até onde Trump estaria disposto a ir? Fontes internas não descartam completamente a possibilidade de uma ação militar mais direta. Embora o presidente não tenha emitido uma ordem para “tirar Maduro” de forma explícita, a reportagem sugere que, ao ser classificado como um narcotraficante e terrorista, Maduro poderia se tornar um alvo legítimo para o governo norte-americano. Uma fonte chega a questionar: “não perseguimos traficantes de drogas e terroristas o tempo todo?”. Essa analogia remete à ação dos EUA contra Manuel Noriega, ex-ditador do Panamá, que foi indiciado por acusações de drogas antes de uma invasão em 1989.

No entanto, a matéria também aponta para a resistência de Trump em realizar uma invasão em larga escala na Venezuela, o que poderia desagradar sua base eleitoral. Em vez disso, a opção de uma “força menor que atinja apenas Maduro, o traficante de drogas” é considerada mais viável, já que o combate aos cartéis é mais popular entre os apoiadores de Trump.

De acordo com a Politico, os Estados Unidos estariam cogitando até assassinar o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, depois de declará-lo um traficante e terrorista. A revista afirma ter tido acesso a informações de fontes não identificadas.

Nas últimas semanas, os Estados Unidos realizaram ataques na costa venezuelana contra o que chamou de “barcos de drogas”, matando mais de duas dúzias de pessoas e expandindo sua presença militar na região. Autoridades norte-americanas acusaram Maduro de ter ligações com redes de narcóticos, mesmo sem apresentar prova alguma. O governo Maduro, por sua vez, acusou os EUA de tentar derrubar o governo.

“Todos gostariam que Maduro saísse? Sim”, disse uma autoridade não identificada do governo Trump ao veículo. A recente premiação de María Corina Machado, ganhadora do Prêmio Nobel da Paz, é uma indicação de que o imperialismo se prepara para uma grande ofensiva contra o chavismo.

Segundo a fonte da Politico, Trump tem “muitos planos” disponíveis para agir contra a Venezuela, incluindo a realização de ataques a alvos supostamente relacionados a cartéis dentro do país. No entanto, o presidente dos EUA ainda não teria dado uma ordem para atacar Maduro diretamente.

A autoridade do governo Trump sugeriu que os EUA podem não precisar recorrer a medidas tão drásticas para remover Maduro, dizendo que “vamos colocar uma pressão tremenda sobre ele. Ele é fraco. É bem possível que ele caia apenas com essa pressão, sem que tenhamos que fazer nada”.

O jornal The New York Times informou na sexta-feira (11) que a Venezuela teria oferecido aos Estados Unidos grandes concessões econômicas, incluindo um possível acordo para permitir que empresas americanas tivessem uma participação importante em seu setor de petróleo, durante meses de conversas secretas destinadas a diminuir as tensões. No entanto, de acordo com outro relatório do jornal, Trump ordenou que o diálogo fosse interrompido depois de “ficar frustrado” com a falta de vontade de Maduro em renunciar voluntariamente.

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