A República Popular Democrática da Coreia (DPRK) lançou “múltiplos mísseis balísticos não identificados” na segunda-feira, conforme relatou o Estado-Maior Conjunto (JCS) da Coreia do Sul. O disparo ocorreu às 13h50 (04h50 GMT) a partir da província de Hwanghae, com os mísseis direcionados ao Mar Amarelo. A ação coincidiu com o início do exercício militar anual Freedom Shield, realizado pelos EUA na região, que começou no mesmo dia e segue até 20 de março.
O JCS sul-coreano informou que intensificará a vigilância e manterá prontidão em cooperação com os EUA, que mantêm dezenas de milhares de tropas na Coreia do Sul. O Freedom Shield 2025 inclui treinamentos ao vivo, virtuais e em campo, segundo os EUA, que classificam os exercícios como defensivos. Já o Ministério das Relações Exteriores da DPRK condenou as manobras como uma “rehearsal agressiva e confrontacional para a guerra”, alertando que podem desencadear um conflito físico na península coreana.
Na sexta-feira anterior, a DPRK havia ameaçado uma “resposta duríssima” caso os exercícios ocorressem, prometendo um preço “horrível” aos inimigos. A Agência Central de Notícias Coreana (KCNA) criticou a escalada de 10 para 16 exercícios conjuntos entre Coreia do Sul e EUA em 2025, chamando-a de “frenesi bélico” que viola os direitos soberanos da DPRK e ameaça a estabilidade regional. Pyongyang afirmou que, diante da “flexão muscular militar” dos EUA, renovará sua “deterrência estratégica”. Os lançamentos de segunda-feira seguem um padrão de resposta da DPRK a exercícios aliados, vistos por ela como preparativos para uma invasão, enquanto os aliados insistem na natureza defensiva das manobras.
