Os legisladores da Câmara do estado de Ioua nos EUA avançam com um projeto de lei em uma subcomissão que exigiria que os prestadores de aborto por medicamentos fornecessem informações sobre opções de reversão do aborto.
O projeto de lei exige que os prestadores de aborto informem as pacientes sobre os riscos do procedimento. Também exige que todas as clínicas que realizam abortos exibam um aviso “claramente visível para os pacientes”, com o seguinte texto:
“Pesquisas recentes indicam que um aborto por medicamentos utilizando um medicamento indutor de aborto nem sempre é eficaz para interromper uma gravidez. Pode ser possível evitar, cessar ou até reverter os efeitos pretendidos de um aborto por medicamento. Consulte imediatamente um profissional de saúde”.
Ou seja, querem aterrorizar as mulheres que procuram as clínicas para realizar o aborto. É uma das táticas tradicionas do movimento reacionário pela criminalização do aborto.
Os abortos por medicamento representaram 63% de todos os abortos realizados por profissionais de saúde em estados dos EUA sem proibição total em 2023, de acordo com dados do Instituto Guttmacher, que apoia os direitos ao aborto.
O movimento da direita contra o direito ao aborto nos EUA é muito forte e avança para dificultar cada vez mais o aborto legal. O mesmo acontece no Brasil, onde o aborto legal quase não existe e, ainda assim, ele é dificultado pela direita.