São Paulo

Crescimento dos assassinatos mostra porque a PM deve ser extinta

Oficialmente, 776 assassinatos foram cometidos pela PM em 2024, ante 457 ocorrências registradas no ano anterior

Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo os números de pessoas mortas no Estado por policiais militares cresceram em 69,8% no segundo ano do governo Tarcisio de Freitas (Republicanos).

Segundo a pasta, houve 776 assassinatos da PM em 2024 contra a população, ante 457 ocorrências registradas no ano anterior. Desse total, 650 mortes foram causadas por policiais em serviço e outras 126 mortes por agentes que estavam de folga.

Entre janeiro e novembro de 2022, último ano da gestão anterior da Secretaria de Segurança Pública (SSP), foram 355 ocorrências. No mesmo período de 2024, segundo ano da gestão do capitão da reserva Guilherme Derrite, o número saltou para 702 mortes por intervenção policial.

Em 2023, primeiro ano da gestão Tarcísio, foram 406 mortes entre janeiro e novembro, o que também representa um aumento de 73% em comparação com o ano passado (2024). Se somente os números de mortes cometidas por PMs em serviço forem levados em consideração, o aumento é ainda maior.

De janeiro a novembro de 2022, foram 233 ocorrências envolvendo mortes cometidas por agentes durante o expediente. No mesmo período de 2024, o número saltou para 600, um aumento de 157%.

Segundo o sítio de notícias Agência Brasil, nos primeiros oito meses de 2024, as polícias do estado de São Paulo mataram mais do que a somatória registrada no mesmo período dos anos de 2022 e 2023. Até agosto de 2024, foram mortas por policiais em serviço 441 pessoas enquanto, nos dois anos anteriores, as vítimas somaram 423, sendo que 176 das mortes ocorreram em 2022 e 247 em 2023, considerando o mesmo período.

No geral foram 6.393 mortos por policiais em 2023 em todo Brasil, conforme o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado em julho. Ao todo, 15 países do G20 somam 2.267 vítimas fatais de policiais. Quando considerados os tamanhos das populações, a diferença é ainda maior. O Brasil tem 7% do número de pessoas da soma dos outros 15 países. Proporcionalmente a polícia brasileira mata 36 vezes mais que as polícias de outras nações, de acordo com matéria do UOL.

Um estudo publicado pela Veja no período de janeiro a outubro de 2024, mostra os dados por Estado durante os nove meses. Totalizando 5.129 assassinatos pela polícia.

Mortos pela polícia por estado, em números absolutos. (janeiro a outubro de 2024)

Bahia: 1.344; São Paulo: 676; Rio de Janeiro: 610; Pará: 457; Goiás: 326; Paraná: 260; Mato Grosso: 186; Ceará: 156; Minas Gerais: 150; Sergipe: 125; Amapá: 118; Rio Grande do Sul: 104; Alagoas: 72; Santa Catarina: 69; Rio Grande do Norte: 67; Maranhão: 66; Espírito Santo: 65; Mato Grosso do Sul: 54; Pernambuco e Tocantins: 46 (cada); Paraíba: 45; Amazonas: 34; Piauí: 18; Distrito Federal: 13; Acre: 9; Roraima: 7; Rondônia: 5.

Apesar de perder para o Estado da Bahia em números absolutos, a política assassina do governo de Tarcisio de Freitas e seu secretário de segurança Guilherme Derrite segue a todo vapor. Além das centenas de assassinatos os casos de agressão, violência e ataques contra a população estão em praticamente todas as redes sociais.

Por meio das forças de repressão, o Brasil está sendo empurrado a uma política fascista, orquestrada pelos governadores destinada a matar os trabalhadores. Os ataques são diários e mostram claramente a necessidade de extinguí-las definitivamente. A polícia tem que acabar. A segurança da população deve ser organizada e exercida pela própria população.

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