São Paulo

Tarcísio defende assassinato de estudante e mantém secretário

Mãe de estudante assassinado pela PM pediu a demissão do secretário de Segurança Pública, Derrite, mas Tarcísio afirmou que defende a sua política assassina

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (REPUBLICANOS) afirmou em coletiva de imprensa no aeroporto Internacional de São Paulo, durante o embarque de estudantes do programa Prontos Pro Mundo, na segunda-feira (13), que não pensa em modificar o comando da segurança pública do Estado, exercido pelo ex-PM Guilherme Derrite (PL).

A fala do governador da extrema-direita faz referência ao pedido da mãe do estudante de medicina Marco Aurélio Cardenas Acosta, de 22 anos, assassinado pela PM em novembro passado. A médica Silvia Mónica Cárdenas Prado, mãe do jovem assassinado, endereçou uma carta ao governador criticando a atuação da PM e pedindo a demissão do Secretário de Segurança Pública, o ex-Capitão das Rondas Ostensiva Tobias Aguiar (ROTA), Derrite.

De maneira demagógica, o governador afirmou sentir-se sensibilizado e entender o desejo de justiça, porém sua atitude demostra que o sentido da política repressiva do Estado implementada sob o comando de Derrite vai continuar inalterada. O governador transferiu a responsabilidade plena para os PMs, afirmando que: “eu acho que essa Justiça tem que acontecer e vai acontecer, porque os responsáveis serão apresentados à Justiça, irão a julgamento”.

Bravata, uma das características da política repressiva comandada por Derrite é a de blindar justamente os PMs que são pegos cometido crimes. Enquanto Derrite continua no cargo, mesmo após inúmeros casos de violência policial e abuso de poder — incluindo casos de execução e assassinatos de crianças e adolescentes, como o recente caso da jovem de 16 anos morta por um sargento da PM na frente dos pais — da-se o recado para as forças repressivas continuarem com a política criminosa que estarão resguardados.

Como numa ditadura fascista das mais atrozes, o jovem Marco Aurélio Cardenas Acosta foi assassinado por bater no retrovisor de uma viatura da PM, foi perseguido e executado simplesmente por isso. A política repressiva e a existência desses órgãos antidemocráticos de repressão são em si um crime contra os direitos democráticos e a cidadania, a política selvagem seguida pela extrema-direita coloca-nos numa situação análoga, se não de fato, de uma ditadura fascista.

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