América Latina

Venezuela prende mercenários dos EUA, da Ucrânia e da Colômbia

Regime chavista os acusa de tentar desestabilizar o país

A quatro dias de tomar posse, o presidente venezuelano Nicolás Maduro anuncia a prisão de outros sete mercenários estrangeiros, incluindo dois norte-americanos, por tentarem desestabilizar a Venezuela.

“Somente hoje, capturamos até este momento sete mercenários estrangeiros, incluindo dois importantes mercenários dos Estados Unidos da América do Norte. Estão capturados”, declarou o presidente bolivariano, na terça-feira (7), em um ato no Palácio do Governo, transmitido pela emissora estatal.

Ele detalhou que, entre os detidos, também estão “dois sicários colombianos […] e três mercenários vindos da Ucrânia, da guerra na Ucrânia, para trazer violência ao país”.

O presidente reeleito, que será empossado na Assembleia Nacional (AN) na sexta-feira, 10 de janeiro, alertou que os mercenários capturados chegaram à Venezuela “para realizar ações terroristas” e para atentar “contra líderes da revolução”.

Maduro elogiou as Forças Armadas por frustrar os planos da direita fascista de contratar mercenários estrangeiros para atentar contra o regime. Em sua fala, ainda destacou a necessidade de “mobilizar e treinar os corpos combatentes da classe operária” para garantir a segurança do país.

“O poder das armas pertence ao povo, para defender a democracia de qualquer ameaça e emboscada, venha de onde vier”, afirmou Maduro. “Vamos garantir a vitória da paz”, insistiu, ao empossar os milicianos e milicianas que compõem os Corpos Combatentes da classe operária venezuelana, com o objetivo de fortalecer e consolidar a paz no país.

A Venezuela rejeitou categoricamente o intervencionismo da “decrépita” administração Biden, que apoia o projeto violento da direita venezuelana.

“Ninguém poderá conosco”, declarou Maduro, que também é o comandante em chefe da Força Armada Nacional Bolivariana (FANB), criticando a direita por suplicar apoio político e militar de Washington contra o povo venezuelano.

“A oligarquia psicopata e os sobrenomes, em sua desesperação, vão para o norte acreditando que podem obter a força que não têm aqui, pensando que o povo venezuelano vai defender sua pátria. O povo venezuelano está decidido a defender seu direito ao futuro”, afirmou.

Os sete detidos se somam a outros 125 mercenários estrangeiros de 25 nacionalidades, incluindo israelenses e norte-americanos, capturados “somente nos meses de novembro e dezembro”, por tentarem atentar contra o regime venezuelano.

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