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Brasil

Quem é o sionista do PSOL que calunia o PCO?

Dirigente estadual do Partido Socialismo e Liberdade é também empregado de um dos principais lobbies sionistas do Brasil

No dia 6 de dezembro, o jornal O Globo publicou um artigo intitulado A esquerda brasileira e o ódio aos judeus. O texto é assinado pelo ex-soldado israelense André Lajst e por um tal Bruno Bimbi, e tem como objetivo estimular intrigas no interior do movimento de luta em defesa da Palestina.

Que um artigo calhorda como esse tenha sido assinado por André Lajst, não é novidade. Afinal, Lajst é um dos principais propagandistas, no Brasil, dos crimes de guerra cometidos pelo Estado terrorista de “Israel” contra o povo palestino. E é também um dos principais delatores, trabalhando junto com a polícia para perseguir aqueles que se manifestam contra o sionismo, a forma mais nefasta de nazismo já vista pela humanidade. O que é uma novidade, no entanto, é que o sionismo escalou um dirigente estadual do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL). Bruno Bimbi, além de ser um empregado da StandWithUs Brasil, a empresa de lobby sionista de André Lajst, é também filiado ao partido supracitado, conforme afirma o Instituto Brasil-Israel (IBI).

O texto começa mostrando indignação com gritos de guerra vistos em um ato que ocorreu há quase um mês, no dia 18 de novembro.

“‘Viva Haniyeh! Viva Sinwar! Todo o mundo é Nasrallah!’, cantavam os militantes reunidos na Cinelândia, no Rio de Janeiro”.

Para os autores, exaltar Ismail Hanié, líder do Hamas martirizado, e Saied Hassan Nasseralá, líder do Hesbolá martirizado, seria um absurdo. A essa altura do campeonato, não há como se confundir: quem defende isso o faz porque defende que o povo palestino e o povo libanês apanhe calado. Quem o faz é porque acredita que os árabes não têm direito a reagir à humilhação que lhes é imposta há mais de um século.

Mas a afirmação vai além do mau-caratismo. E é justamente aí que entra o papel do dirigente do PSOL: trata-se de uma tentativa de amedrontar um setor da esquerda. Lajst e Bimbi querem alertar os setores mais moderados que, no movimento de defesa da Palestina, há os “radicais”, que defendem “terroristas”, e que, portanto, o movimento de apoio à Palestina seria ilegítimo. Uma picaretagem que cumpre uma dupla função: instigar um setor da esquerda contra os “radicais” e, ao mesmo tempo, instigar as autoridades policiais a reprimir qualquer movimento contra o sionismo.

Os “radicais” em questão, todo mundo sabe, são os militantes do Partido da Causa Operária (PCO). Trata-se, afinal, do único partido que defende abertamente a resistência armada palestina. Um feito que, inclusive, muito diz respeito sobre a situação política: mostra que o conjunto da esquerda nacional está completamente acovardada diante do sionismo.

Que o objetivo do artigo é indispor todos contra o PCO, fica ainda mais claro a partir da seguinte descrição:

“Na manifestação (durante a reunião do G20!), havia bandeiras, camisas, bandanas e até canecas de grupos terroristas: Hamas, Hezbollah, Jihad Islâmica, FPLP etc. Cartazes com fotos de assassinos em série glorificados como heróis. Discursos festejando o massacre de 7 de outubro (quer dizer, festejando estupros, assassinatos, mutilações, queima de cadáveres, torturas e sequestros), citado pelo nome que o Hamas lhe deu: ‘Operação Dilúvio de Al-Aqsa’. Um minuto de silêncio ‘pelos mártires’ da ‘luta’ contra Israel — quer dizer, não pelos civis palestinos mortos na guerra, mas pelos terroristas caídos em combate.”

As bandeiras, camisas, bandanas e canecas da resistência palestina eram, sem exceção, produtos da Loja do PCO.

Outra picaretagem marcante no texto é que, apesar de ter como objetivo criar uma indisposição contra o PCO, a imagem da matéria não é do ato convocado pelo PCO, junto com outras organizações, no dia 18 de novembro. Lajst e Bimbi decidiram colocar de imagem de destaque a foto de uma outra manifestação, ocorrida no dia 16 de novembro, da qual o PCO sequer participou.

Curiosamente, os autores também decidiram citar três partidos de esquerda, mas não o PCO:

“‘Eu sabia que esse ato daria merda, estava na cara. Mas tem muito militante nosso lá’, disse uma destacada liderança de um dos partidos da base do governo. ‘Não apoio e não autorizei o uso da minha imagem’, disse outra, mas não foi a público esclarecer isso. Dirigentes e parlamentares de PT, PSOL, PCdoB e outros partidos reconhecem em privado que ‘é o tempo dos radicais’ e que, em seus partidos, a conversa é impossível: ‘Posições sensatas não têm espaço até acabar a guerra’. Mas não fazem nada”.

O motivo é mais que claro: diante do radicalismo que a luta contra o sionismo está tomando, radicalismo esse que já se mostrou nos Estados Unidos em um importante movimento de ocupação de universidades, o sionismo quer ensinar a esquerda qual a “forma correta” de apoiar a Palestina. Isto é, por meio de ações parlamentares, de partidos que sequer estão envolvidos com a luta real em defesa da Palestina, em ações que não se choquem diretamente com o sionismo.

Neste sentido, sequer seria correto dizer que Lajst e Bimbi escreveram o artigo. Trata-se de um artigo encomendado por aqueles que temem a influência do PCO sobre o movimento. Por aqueles que temem que a luta em defesa da Palestina adquira cada vez mais um contorno de defesa da resistência armada palestina.

Para essa operação, não é de se estranhar a participação do PSOL. Afinal, trata-se do partido de Guilherme Boulos, o homem que foi preparado para a burguesia para se infiltrar na esquerda e sabotar várias lutas importantes, como a luta contra o golpe de 2016. Trata-se de um partido que, de tão infiltrado contra o sionismo, teve uma crise com a candidatura do próprio Boulos para prefeito de São Paulo, com parte de sua equipe o acusando de apoiar o “terrorismo”. Boulos, por sua vez, se negou a defender a Palestina até mesmo quando o presidente Lula estava sob ataque da direita.

Não se deve esquecer, também, que um ex-parlamentar do PSOL, Jean Wyllys, já foi para “Israel” e voltou falando maravilhas da “única democracia do Oriente Médio”.

O psolista de estimação do sionismo é um defensor dos crimes de “Israel” há longa data. Desde 2017, ele vem assinando artigos com André Lajst, impulsionando a histeria contra o antissemitismo.

O psolista de estimação do sionismo é um defensor dos crimes de “Israel” há longa data. Desde 2017, ele vem assinando artigos com André Lajst, impulsionando a histeria contra o antissemitismo. Bruno Bimbi é ainda colunista do Instituto Brasil-Israel e membro da StandWithUs Brasil.

Em artigo de 2018, Bimbi já falava em “antissemitismo”, criticando o próprio partido, já preparando a onda policialesca que viria contra a esquerda nos anos seguintes:

“Existe antissemitismo no PSOL. Não falo das divergências que temos sobre o conflito israelense-palestino, que são muitas e profundas, mas da tentativa de empurrar para fora os judeus do partido por parte de correntes e dirigentes e do uso sistemático de expressões, argumentos e teorias da conspiração antissemitas em debates internos e notas oficiais.”

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