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Gabriel Araújo

Dirigente Nacional do Movimento Nacional de Luta pela Moradia, Editor da Tribuna do Movimento e do Boletim do Movimento. Militante do Partido dos Trabalhadores e colunista do Voz Operária-Rio de Janeiro.

Coluna

Kamala Harris e Michelle Obama: genocidas e sanguinárias

"A esquerda, ao escolher o lado que utiliza uma maquiagem mais bem feita para esconder sua feição de morte, acopla-se aos responsáveis pela destruição e assassinato de milhares"

A histeria tomou conta de grande parte da esquerda brasileira. O medo de ter de enfrentar frontalmente Donald Trump (Partido Republicano) no posto de presidente dos EUA, uma figura política que expressa abertamente as coisas mais aberrantes e repugnáveis, tem levado diversos quadros a um quadro profundo de surto psicológico.

Mas também existem os oportunistas convictos, verdadeiros papagaios da Rede Globo, da Folha de São Paulo, do Washington Post e do New York Times, que tem um verdadeiro espirito de vira-latas e sonham adentrar as fileiras do Partido Democrata dos EUA.

Essas ações contribuem para tentar limpar as biografias de quadros políticos da burguesia de perfil macabro e sanguinário, e assim, contribuir para manutenção da hegemonia imperialistas tal qual a conhecemos nos dias atuais.

É profundamente estarrecedor e revoltante ver pessoas ditas de esquerda defenderem como salvação dos trabalhadores, pessoas como Kamala Harris e Michelle Obama, que são figuras vinculadas àquilo que há de pior na política internacional e no particularmente no Partido Democrata.

Essas pessoas fazem parte de um conjunto de quadros políticos responsáveis pela morte e assassinato de milhares de pessoas no mundo, são ferrenhas defensoras da agenda econômica e política neoliberal do sistema financeiro internacional, dos grandes monopólios do petróleo e da indústria bélica, que derrubam governos democráticos e nacionalistas, para saquear os países de capitalismo atrasado e relegar milhões de pessoas à fome e a guerras intermináveis.

Não existe absolutamente nada de vantajoso para os trabalhadores com essas duas figuras à frente do poder político norte-americano, da mesma forma que não existirá se Donald Trump for eleito. Evidentemente que com a eleição deste último, a crise de governabilidade e a intensificação dos conflitos internos da burguesia norte-americana, tem uma tendência ao agravamento e de aparição de episódios de conflitualidade interna de uma maneira bem mais exposta.

Mas o conjunto da trama desemboca necessariamente em um aprofundamento da polarização política entre trabalhadores e o imperialismo.

A esquerda, ao escolher o lado que utiliza uma maquiagem mais bem feita para esconder sua feição de morte, sanguinária e carniceira, acopla-se aos responsáveis pela destruição e assassinato de milhares de pessoas, respingando no campo político popular a impopularidade da política-econômica e militar dos imperialistas, causando danos irreparáveis em um curto período de tempo.

Por isso, uma alternativa de classe desvinculada da burguesia, é a única solução que pode dar respostas concretas de enfrentamento da crise que estamos vivenciando e que tende a se aprofundar.

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