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Nordeste

Comitê de solidariedade à Palestina é lançado na Paraíba

Atividade aconteceu no Sindicato dos Trabalhadores em Ensino Superior do Estado da Paraíba (Sintespb)

Nesse sábado (17), ocorreu o lançamento do Comitê Paraibano de Solidariedade ao Povo Palestino (Compapal). A atividade, que teve lugar no Sindicato dos Trabalhadores em Ensino Superior do Estado da Paraíba (Sintespb), em João Pessoa, reuniu desde sindicalistas a membros da comunidade muçulmana.

Iniciado por volta das 16h, o evento teve, em seu momento inicial, várias saudações, tanto de pessoas residentes na Paraíba, quanto pessoas que vieram de outros estados. A participação no lançamento do Compapal foi uma das deliberações da I Conferência Norte-Nordeste dos Comitês de Luta em Defesa da Palestina, ocorrida no dia 10 de agosto em Recife (PE). Em decorrência dessa resolução, 16 pessoas que estiveram presentes na Conferência também se deslocaram para o lançamento do comitê paraibano.

Uma pequena delegação de ativistas do Partido Operário Revolucionário (POR), oriundos de Recife, Natal (RN) e Fortaleza (CE), que participaram da organização do evento, também compareceram ao auditório do Sintespb. Dois palestinos, integrantes do Centro Islâmico de Natal, também viajaram até a Paraíba para o lançamento do Compapal.

Coube à irmã Dulce Rocha, coordenadora das mulheres do Centro Islâmico do Recife, a primeira saudação. Após a leitura de um poema escrito por um autor palestino, a irmã, que também esteve presente na Presente na I Conferência Norte-Nordeste dos Comitês de Luta em Defesa da Palestina, se apresentou como uma mulher “de luta”, “em defesa da Palestina”. Referindo-se ao conjunto das mulheres muçulmanas, Dulce Rocha explicou à plateia que:

“Quando nós saímos com nosso hijab, as pessoas não têm noção que somos muçulmanas brasileiras. Por exemplo, sou de uma comunidade quilombola do Maranhão, mas as pessoas me associam à mulher árabe, por causa da minha veste religiosa. E as outras irmãs, que também são muçulmanas, são xingadas na rua, e tivemos, agora há pouco, uma irmã que teve a orelha cortada porque foi tirado o seu hijab. (…) Nós, muçulmanas, somos militantes, nós votamos, nós somos mães, nós somos tias, nós somos irmãs, nós somos avós e nós somos mulheres. E somos mulheres que arregaçam as mangas em prol de outras mulheres.”

Dulce, então, explicou que, por seu caráter combativo, as irmãs muçulmanas são constantemente atacadas. No entanto, “as outras mulheres, que estão nas redes sociais”, não saem em sua defesa.

Criticando indiretamente organizações da esquerda brasileira, Dulce ainda afirmou que “muita gente só lembra da gente na hora do voto”. Nesse momento, a irmã voltou a agradecer aos militantes do Partido da Causa Operária (PCO) pela aliança sincera junto à comunidade muçulmana:

“Vou repetir a minha fala em Recife, por causa da companheira Marina [Dias, militante do PCO na cidade de Olinda] e do companheiro do PCO [Victor Assis, do Recife]. Na minha visão, ele [Victor] é uma pessoa sem preconceitos, que foi até nós, sentou para conversar conosco, almoçou conosco (…). Quando a chega em um lugar deste, de militância, as pessoas nos querem para tirar foto, querem dizer ‘ah, veio um bocado de muçulmanas e elas estão de lenço’. Mas as pessoas não nos querem na luta com nosso lenço. Querem dizer: ‘tire seu hijab que você é oprimida'”.

Ainda com tom crítico à conduta de parte da esquerda, Dulce Rocha concluiu dizendo:

“A gente está aqui para somar. A gente está aqui para divulgar a causa palestina. Essa veste é uma veste religiosa e ela não impede nem a gente de ir à guerra. Se for o caso, nós vamos. E digo a vocês: nós somos mulheres preparadas. Uma mulher que jejua 30 dias aguenta mais tranco que muitas que não aguentam nem meia hora de sede.”

À fala de Dulce Rocha, seguiram-se mais de duas dezenas de outras saudações. Entre elas, a de Mailson da Silva Neto, também presente na I Conferência Norte-Nordeste dos Comitês de Luta em Defesa da Palestina. Em seu discurso no lançamento do Compapal, destacou que o presidente Lula sempre foi um apoiador da causa palestina, clamando pela unidade em torno da defesa do povo palestino no Brasil. Neto, que é vice-presidente do Sindicato dos Engenheiros do Estado de Pernambuco (Senge-PE), também lembrou que os mesmos inimigos do povo palestino estão tentando derrubar o governo de Nicolás Maduro.

Em sua fala, Anne Vieira, militante do Comitê de Luta em Defesa da Palestina de Ilhéus (BA), dedicou-se a ler a carta aberta produzida na I Conferência Norte-Nordeste dos Comitês de Luta em Defesa da Palestina. A carta, de caráter abrangente, faz um chamado para que todos os comitês da região se unifiquem em uma articulação regional.

A mesma carta chegou a ser citada por Victor Assis, militante do Partido da Causa Operária (PCO) no estado de Pernambuco. Em seu discurso, Assis homenageou Ismail Hanié e destacou a necessidade de defender todos os oprimidos na luta contra o imperialismo. Camilo Duarte, militante do PCO na Paraíba, ressaltou que a luta do povo palestino e a luta do povo brasileiro estão diretamente ligadas.

Após as saudações, o Compapal apresentou as atividades que foram realizadas nos últimos meses e suas perspectivas para o próximo período. No final do evento, os convidados ainda tiveram a oportunidade de experimentar pratos típicos da culinária palestina, preparadas pela Aliança Palestina-Recife.

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