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Enchentes no RS

Política criminosa de Eduardo Leite reduziu a população do estado

Novas pesquisas feitas após a catástrofe neoliberal indicam que 30% dos gaúchos pensam em deixar o estado, 80% dos entrevistados foi afetado diretamente pelas enchetes

Os recentes acontecimentos no estado Rio Grande do Sul, as enchentes criminosas causadas pelo governador Eduardo Leite, levaram 30% dos moradores do estado a pensarem em se mudar. Segundo um estudo realizado pela ‘startup’ Loft, em parceria com a Offersize, 80% dos residentes alegaram serem afetados por conta das enchentes.

Cerca de mil adultos foram entrevistados entre os dias 3 e 7 de junho, após o forte impacto causado pela negligência do atual governador. A tragédia resultou, até o momento, em 177 mortes e cerca de 41% da população do estado se diz afetada ou alegou o desejo de se mudarem.

“Não vamos mais voltar” – Afirmou a empresária Camila Portela, moradora de Venância Aires, município do Vale do Rio Pardo, a 133 km de Porto Alegre, além de pensar em sair de casa, também se mudou.

“A gente não pensou nem duas vezes, a gente se olhou mesmo e disse assim, ó, não vamos mais voltar, não vamos mais voltar”, revela.

No mesmo município morreram mais cinco pessoas, uma delas de leptospirose, ocasionada pela contaminação da água, evidencia as condições precárias em que está submetida a população. No bairro Sarandi, o mais afetado pela enchente em Porto Alegre, resultou no abandono de Eloir Loreto, de 79 anos, aposentada. Após a inundação, a idosa resolveu morar com o filho, por tempo indeterminado, até conseguir um novo lar.

“Era assim uma cachoeira para dentro. Batia na metade da janela, assim. Eu achava que não ia encher de água. Tu pode imaginar uma casa grande com três quartos, sala de visita, cozinha, sala de jantar, lavanderia. Nada deu para guardar, para tirar”, revela.

No local, a água atingiu 1,70 metro, destruindo os móveis dos moradores locais, destruindo as conquistas sofridas dos trabalhadores locais.

Entre o domingo e segunda-feira (23,24), o nível do Rio Guaíba subiu 24 centímetros, ocasionando que a prefeitura local alertasse o risco para inundações em áreas de riscos, onde habitam a população mais pobre.

“A Defesa Civil de Guaíba orienta a todos que se encontram em áreas de risco, nas margens do lago, que busquem um local seguro ou dirijam-se ao abrigo municipal do Ginásio do Coelhão”, disse o Executivo Municipal em nota.
Conforme a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), a medição mais recente, das 5h45 desta segunda, aponta que o nível do lago estava em 3,42 metros, em Porto Alegre. Ele começou a subir a partir das 18h15 de domingo, quando estava em 3,18 metros. A cota de alerta é de 3,15 metros, já a de inundação, 3,60 metros. No início da tarde de segunda, o lago recuou para 3,35 metros.

A Prefeitura de Guaíba explica que isso ocorre principalmente devido à incidência de ventos nas direções sul e sudeste, o que represa a água do lago. O fenômeno deve se estender pelo menos até terça-feira (25).

Na tentativa de limpar a barra de Eduardo Leite, a imprensa se refere aos acontecimentos como “Tragédia Climática”. Conforme noticiamos neste Diário, se trata da negligência do poder local e, principalmente, expõe o que é de fato a política neoliberal, a política conduzida pela burguesia nacional e internacional de destruição total da infraestrutura e da economia brasileira.

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