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HISTÓRIA DA PALESTINA

Abdul Qadir al-Husayni, o comandante da Grande Revolta

Sua trajetória é marcada pela dedicação à causa palestina e pelo sacrifício pessoal na luta por um Estado livre e independente

Abdul Qadir al-Husayni, nascido em 1907 em Jerusalém, foi um líder militar e nacionalista palestino cuja vida e ações exemplificam a resistência contra o colonialismo britânico e a ocupação sionista na Palestina. Sua trajetória é marcada pela dedicação à causa palestina e pelo sacrifício pessoal na luta por um Estado livre e independente.

Abdul Qadir al-Husayni nasceu em uma família influente e politicamente ativa. Seu pai, Musa Kazim al-Husayni, era um proeminente líder palestino e ex-prefeito de Jerusalém. Abdul Qadir recebeu sua educação inicial em Jerusalém, antes de prosseguir seus estudos na Universidade Americana de Beirute, onde se formou em química. A combinação de sua educação e do ambiente político fervoroso em que cresceu moldou sua determinação em lutar pela libertação da Palestina.

O papel de al-Husayni na resistência palestina ganhou destaque durante a Grande Revolta Árabe (1936-1939). Ele se tornou um comandante chave das forças que se opunham ao mandato britânico e à imigração judaica na Palestina. Al-Husayni organizou e liderou operações de guerrilha, utilizando seu conhecimento de química para fabricar explosivos artesanais que foram empregados em ataques contra infraestruturas britânicas e colônias sionistas.

A Revolta de 1936-1939 foi um marco significativo na luta palestina, apesar da repressão brutal pelos britânicos, que incluía prisões em massa, execuções e demolições de casas. A liderança de al-Husayni durante esse período estabeleceu sua reputação como um defensor incansável da causa palestina.

Após o colapso da Revolta de 1936-1939, al-Husayni foi forçado a se exilar. Ele se estabeleceu no Iraque, onde continuou a promover a causa palestina e a organizar a resistência. Durante a Segunda Guerra Mundial, al-Husayni tentou explorar as rivalidades entre as potências europeias para avançar a causa palestina, embora essas tentativas não tenham tido sucesso significativo.

Com o fim da Segunda Guerra Mundial e a iminente partilha da Palestina pela ONU, al-Husayni voltou ao cenário da luta armada. Em 1947, ele assumiu o comando das forças árabes na Palestina, organizando a resistência contra as milícias sionistas e, posteriormente, o recém-criado Estado de “Israel”. Ele liderou o Exército da Guerra Santa (Jaysh al-Jihad al-Muqaddas), um grupo paramilitar composto principalmente por palestinos e voluntários de outros países árabes.

Abdul Qadir al-Husayni foi conhecido por sua habilidade em organizar e motivar seus combatentes, bem como por sua coragem no campo de batalha. Ele comandou várias operações importantes, incluindo a Batalha de Qastal, nos arredores de Jerusalém, que visava cortar as rotas de abastecimento para as forças sionistas na cidade.

Em 8 de abril de 1948, Abdul Qadir al-Husayni foi morto durante a Batalha de Qastal. Sua morte foi um golpe significativo para a resistência palestina e ocorreu em um momento crítico do conflito. No entanto, seu martírio fortaleceu a determinação dos combatentes palestinos e árabes, e ele foi amplamente reverenciado como um herói nacional.

A história de Abdul Qadir al-Husayni é a história de um homem que dedicou sua vida à luta pela liberdade e independência da Palestina. Desde sua participação na Grande Revolta Árabe até sua liderança na Guerra de 1948, al-Husayni demonstrou uma coragem e um compromisso inabaláveis com a causa palestina. Em um contexto de contínua ocupação e conflito, a vida e o legado de Abdul Qadir al-Husayni servem como um poderoso lembrete da longa e árdua luta do povo palestino por seus direitos e pela sua terra.

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