Editorial

Governo tem que sair de cima do muro: romper relação com ‘Israel’

Lula precisa abandonar os aspectos direitistas de sua posição em relação ao conflito no Oriente Médio

Em entrevista à TV 247, Celso Amorim, assessor especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para assuntos internacionais, afirmou que o genocídio promovido por “Israel” na Faixa de Gaza é pior do que as mortes na Segunda Guerra Mundial. “É uma matança sem limites, de crianças, como nunca houve. Mesmo na Segunda Guerra Mundial, nunca houve uma matança nesse nível em ataques terrestres”, afirmou.

Apesar das críticas ao regime nazista de “Israel”, Amorim também chamou a operação do Hamas e de outros grupos armados palestinos no dia 7 de outubro de “ato terrorista”, alertando que as tensões entre israelenses e palestinos não serão resolvidas caso os sionistas eliminem o Hamas.

“Nós condenamos o ato terrorista do Hamas, sem classificar necessariamente o Hamas como uma organização terrorista, porque isso é uma questão complexa em função das próprias decisões da ONU. Agora, o erro é achar que você vai matar as pessoas do Hamas e vai acabar o problema. Cada criança que morre em Gaza, surgem cinco membros do Hamas, que antes apoiavam a Autoridade Palestina”, afirmou o assessor.

Essas “ressalvas” por parte de pessoas representando o governo Lula em relação à resistência armada palestina o torna cúmplice dos crimes do governo de Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de “Israel”. Fundamentalmente, o governo não está reconhecendo o direito à resistência de um povo massacrado, ao mesmo tempo em que corrobora com a enorme campanha de calúnias da imprensa burguesa contra o partido que governa Gaza.

Ao mesmo tempo, a fala de Amorim demonstra que o governo Lula, embora pressionado pelo sionismo e pelo imperialismo, é também um governo sensível às pressões que vêm dos países oprimidos que estão se rebelando contra o imperialismo. Isso porque a crítica do assessor a “Israel” mostra que, por seu conteúdo social, por ser um governo de aspirações nacionalistas e com apoio da classe operária, o governo Lula tem uma tendência a se posicionar ao lado daqueles que não querem se alinhar ao Estado sionista, como é o caso da África do Sul, da China, da Índia etc.

Tendo isso em vista, o governo precisa abandonar os aspectos direitistas de sua posição política em relação ao conflito no Oriente Médio. Lula, ao invés de ceder às pressões do sionismo, deve denunciar que questões como a infiltração do Mossad na Polícia Federal e a censura promovida pelo Poder Judiciário são obra de uma ingerência estrangeira sobre o seu governo e sobre o País. É preciso, ainda, romper todas as relações do Brasil com “Israel” para ajudar efetivamente não apenas os palestinos, mas o movimento geral de oposição ao imperialismo.

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