Economia africana

Gabão é o quarto maior produtor de petróleo da África subsaariana

O Gabão, todavia, fica com 25% de tudo que ganha com sua exploração de petróleo, enquanto que a família Bongo fica com 18% e, a França, 57%

Após décadas de exploração, o golpe gabonês está trazendo à tona quão profunda é a influência da França sobre a política e, principalmente, a economia do país africano. No que diz respeito à exploração de recursos naturais, os franceses têm, na prática, o Gabão como colônia, roubando importantes matérias-primas como o manganês e o petróleo.

A TotalEnergies (outrora Elf Aquitaine), por exemplo, é uma empresa de energia francesa que, no Gabão, tem como principal exploração o petróleo e o gás natural existente no país, sendo o país africano o quarto maior produtor na África subsaariana (segundo informações do Banco Mundial). Conforme o sítio da TotalEnergies, a empresa é, igualmente, a principal revendedora dessas matérias-primas, saqueando o país há mais de 90 anos.

Antigamente, a TotalEnergies serviu como a principal bomba de extração de riquezas do continente africano da França.

A empresa explora, diariamente, 17 mil barris de petróleo, uma grande quantidade levando em consideração o tamanho do país e de sua população, pouco mais de 2 milhões de pessoas.

Contudo, a Total não é a única petroleira francesa a atuar no Gabão. Há também a Maurel e Prom e a Perenco, que vêm comprando campos de petróleo em estágio avançado de depleção a fim de continuar o saque até não sobrar uma única gota de petróleo.

Até o fim do governo de Ali Bongo, serviçal do imperialismo, 18% de toda a receita arrecadada com a exportação do petróleo gabonês ia parar nos bolsos do agora ex-presidente. Um claro caso de corrupção em benefício do imperialismo.

O país, por sua vez, ficava com 25% desse total, enquanto que a França ficava com o restante (57%). Clássico exemplo de como funciona a rapina do imperialismo sobre os países oprimidos.

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