Previous slide
Next slide

Artes

Criador do Novo Cinema Alemão morre aos 89 anos

Morre Jean-Marie Straub, importante nome do Novo Cinema Alemão

Na madrugada do último domingo (20), faleceu o renomado cineasta Jean-Marie Straub, aos 89 anos, em Rolle, na Suíça. É uma grande perda para o cinema mundial, tendo sido um grande expoente do Novo Cinema Alemão.

A morte foi confirmada pelo jornal francês Le Monde, sem que a causa tenha sido divulgada.

O cineasta nasceu em 1933, na cidade de Metz, na França, e ingressou ainda jovem no circuito de cinema de Paris. Junto a sua esposa, Danièle Huillet, produziu uma importante e vasta obra cinematográfica, trabalhando fora dos grandes centros do cinema mundial. Em seus trabalhos, sua visão marxista acerca da sociedade se fez notável, trazendo críticas importantes às opressões do sistema capitalista.

Em 1958, foi convocado para servir ao exército durante ocasião da Guerra da França contra a Argélia. Contudo, decidiu exilar-se e passou a integrar o movimento do Novo Cinema Alemão, junto a nomes como Werner Herzog e Rainer Werner Fassbinder.

O Novo Cinema Alemão foi um movimento cinematográfico que visava estabelecer uma nova relação entre a obra e sua produção. A partir do Manifesto Oberhausen, esse movimento entendia que o cinema deveria livrar-se das amarras da Indústria, que, através de contratos, amarrava o cinema aos interesses das partes envolvidas no negócio. Assim, a arte não era mais uma produção genuína dos artistas, mas algo comprado e produzido a partir dos interesses de quem a financiava.

O movimento cinematográfico não criticava a própria indústria do cinema, mas a sociedade burguesa como um todo. Dessa forma, eram alvos de críticas e reflexões dos cineastas as instituições burguesas, a democracia liberal, a imprensa, os grupos oprimidos etc. 

De certo, esse grupo de cineastas sofreu muita perseguição por parte da indústria, o que exigiu uma posição firme por parte deles.

Straub e Huillet exploraram muitas adaptações de texto literários para o cinema, principalmente de autores como Franz Kafka, Cesare Pavese e Bertolt Brecht.

Algumas das principais obras do diretor são “Moisés e Aarão” (1975), “Da Nuvem à Resistência” (1979), “Relações de Classe” (1984), “A Morte de Empédocles” (1987), “Antígona” (1992) e “Gente da Sicília” (1999).

Como obra mais aclamada, Straub tem “Crônica de Anna Magdalena Bach”, de 1968, produzido ao lado de Danièlle Huillet, que aborda a vida do renomado compositor clássico alemão Johann Sebastian Bach. O filme contou com entusiasmada recepção da crítica, embora a dupla de diretores tenha tido problemas para angariar recursos para a produção.

Gostou do artigo? Faça uma doação!

Rolar para cima

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Diferentemente de outros portais , mesmo os progressistas, você não verá anúncios de empresas aqui. Não temos financiamento ou qualquer patrocínio dos grandes capitalistas. Isso porque entre nós e eles existe uma incompatibilidade absoluta — são os nossos inimigos. 

Estamos comprometidos incondicionalmente com a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo pobre e oprimido. Somos um jornal classista, aberto e gratuito, e queremos continuar assim. Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Diferentemente de outros portais , mesmo os progressistas, você não verá anúncios de empresas aqui. Não temos financiamento ou qualquer patrocínio dos grandes capitalistas. Isso porque entre nós e eles existe uma incompatibilidade absoluta — são os nossos inimigos. 

Estamos comprometidos incondicionalmente com a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo pobre e oprimido. Somos um jornal classista, aberto e gratuito, e queremos continuar assim. Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.

Quero saber mais antes de contribuir

 

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.