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Pagamento dobrado

Trabalhador sofre dobrado com a carestia

Trabalhador paga caro por energia tanto nas contas, quanto no preço de alimentos básicos

Cresce nas ruas a movimentação contra a carestia na mesma medida que aumenta a inflação e os preços dos produtos nos mercados. A forma encontrada para tentar conter a inflação pelos governos neoliberais é a política de aumento dos juros. Visando reduzir o consumo, diminuem a produção; o que resulta no encarecimento dos produtos e aumenta ainda mais a crise.

Uma das responsáveis por acelerar o processo de desigualdade é a inflação, que colabora para que o dinheiro dos trabalhadores vá ainda mais para os capitalistas, tendo em mente que uns pagam relativamente mais caro que outros pelo mesmo produto.

Segundo dados oficiais do IBGE, a tarifa residencial de energia elétrica aumentou 276,7%, enquanto o botijão de gás subiu 260,7%. Esses dados, medidos no intervalo de tempo de 2000 a 2019, representam uma parte do aumento dos gastos, porque a energia também está embutida nos produtos e serviços consumidos pelas pessoas. Quanto se compra um alimento, por exemplo, o trabalhador paga cerca de 30% do produto total de imposto relacionado ao gasto de energia para a produção da comida.

Quanto menor o poder aquisitivo de uma família, mais ela gasta proporcionalmente com energia; isto é, luz, gás e combustível.

Segundo os mesmos dados, pessoas ou famílias com poder aquisitivo de até R$1.908 por mês gastam 9,1% da sua renda total diretamente com energia, enquanto, ao somar com o gasto energético das mercadorias e serviços, essa porcentagem sobe para quase 18%. Se compararmos essa primeira pessoa com alguém que receba 12,5 vezes mais, ou seja, R$23.850 mensais, o gasto relativo do primeiro trabalhador, que já recebe menos do que o suficiente para estabelecer um padrão de vida digno e, consequentemente, é mais explorado; é consideravelmente maior. A segunda pessoa citada gasta 4,9% de sua renda diretamente com energia, em média, enquanto se somar com os demais produtos, atingimos a marca de 16,5%.

Não é de se espantar a ideia de que se trouxermos os mais ricos para esta pesquisa a diferença vá seguir aumentando. Caso uma terceira pessoa receba acima do segundo, o estudo mostra que o gasto médio direto com energia ficará em 3,5%, resultando em 15,4% se incluirmos os gastos indiretos no valor final. Este estudo demonstra que o impacto se dá, mais uma vez, no bolso do trabalhador e dos mais pobres, que pagam ainda mais caro nos produtos por conta do aumento da energia. Esta, por sua vez, quanto mais aumentar, mais impactará diretamente no aumento dos demais preços.

O valor embutido nos preços dos itens de consumo têm impacto significativo no orçamento das famílias. Enquanto o impacto da energia no preço da cesta básica é de 23,1%, nas carnes têm uma porcentagem ainda mais significativa de 33,3%.

Atualmente, existem 33 milhões de pessoas, segundo dados oficiais, passando fome no Brasil, sendo que mais da metade das pessoas vivem em condição de insegurança alimentar. Dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) mostram que, em um ano, produtos como o tomate e a cenoura encareceram vertiginosamente; 94,55% e 166,17%. Dentre outros fatores, tal encarecimento se relaciona diretamente com o aumento do gás e da energia elétrica, que subiram, respectivamente, 33% e 28,5%

O fato é que a repressão do Estado burguês deve ser enfrentada pela mobilização popular, como mostram as greves recentes da CSN. Quanto maior for a crise e mais duro for o “remédio” aplicado pelos governos neoliberais, termo utilizado pela imprensa burguesa, mais os trabalhadores sentirão na pele o amargor da exploração do capital.

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