Na terça-feira (30), a agência de defesa civil de Gaza alertou sobre um iminente desastre de saúde na Faixa devido aos milhares de corpos em decomposição sobre os escombros.
O comunicado afirmou: “a acumulação contínua de milhares de corpos sob os escombros começou a causar a disseminação de doenças e epidemias, especialmente com a chegada do verão e o aumento das temperaturas, o que acelera o processo de decomposição”.
A organização Monitor Euro-Mediterrâneo dos Direitos Humanos também avisou que a decomposição de corpos por longos períodos leva à transmissão de doenças graves, incluindo vírus transmitidos pelo sangue e tuberculose.
O seu comunicado destaca: “infecções gastrointestinais como cólera também podem ser facilmente disseminadas pelo contato direto com corpos em decomposição que vazam excrementos, roupas sujas ou ferramentas, ou veículos contaminados”.
Em outro relatório na semana passada, o Euro-Med Monitor também alertou que milhares de corpos deixados nas ruas ou sob escombros de casas estão apodrecendo e sendo consumidos por gatos e cachorros, o que é um fator adicional que contribui para a disseminação de doenças infecciosas.
A organização estima também que pelo menos 90% das crianças com menos de cinco anos na Faixa de Gaza são afetadas por uma ou mais doenças infecciosas e que 70% tiveram diarreia nas últimas duas semanas – um aumento de 23 vezes em comparação com a linha de base de 2022.