O jurista Pedro Serrano chamou de “vileza” que “revela um despudor” a reportagem do DCO sobre as relações de Guilherme Boulos (PSOL) com o empresário Walfrido Warde, que emprega o ex-candidato a prefeito de São Paulo em seu instituto, o IREE.
Disse que o PCO desferiu “ataques pessoais” a Boulos. Para ler a declaração apaixonada de Serrano, é preciso tampar os ouvidos ─ pois é possível, inclusive, ouvir os gritos do jurista, histérico, em sua defesa ardente não apenas de Boulos, mas de Warde.
Como fez o treteiro de Twitter Jones Manoel, o par frágil e dependente de Juliane Furno, Serrano encarna um típico político burguês em seu discurso demagógico e moralista.
“Dou meu testemunho pessoal do valor humano, profissional e político de Walfrido Warde, as ofensas a ele tomo para mim, garanto com meu nome e credibilidade pessoal a integridade dele”, jura, de pés juntos e peito estufado, o também funcionário do IREE.
“Conheço pessoalmente Boulos, é um homem íntegro, honesto e dos melhores e mais promissores quadros que temos no país, uma esperança para nosso povo”, exclama, exaltado.
Para concluir, tacha a reportagem do DCO de “sandice infantil, irresponsável e divisionista”. Oh, céus!
Pedro Serrano gritou, cuspiu, chorou, se debateu, amaldiçoou, soluçou, esperneou… mas foi incapaz de argumentar contra as colocações do PCO.
Segundo o nobre professor, o IREE é uma “instituição progressista”.
Alguém poderia ter informado o PCO, antes da publicação de nossa reportagem, que Sergio Etchegoyen abandonou a defesa da ditadura militar para se tornar um ativista de esquerda no IREE.
No entanto, a pergunta que não quer calar continua sem resposta.
Por que Boulos trabalha em um instituto dirigido por um empresário sócio do ex-diretor da PF (Leandro Daiello) que presta serviços a Sergio Moro, e cujo instituto tem em sua direção Daiello, Etchegoyen e Raul Jungmann? Instituto que é parceiro da Global Americans, think tank financiado pelo NED ─ agência do governo dos EUA para mudanças de regime. Por quê?