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Crise capitalista em vista?

Inadimplência cai durante a pandemia, mas as dívidas explodem

A crise do sistema capitalista é tão grande, que os números dos economistas contradizem os próprios números dos economistas.

Nesta semana, a imprensa burguesa revelou um levantamento feito pelo Serasa,  em conjunto com o Instituto Brasileiro de Economia (FGV), chamado Semáforo do Crédito, demonstrando que o ambiente onde se encontram as questões ligadas ao crédito no Brasil, não apresenta reação alguma neste momento. Muito pelo contrário, a economia toda anda em estado de calamidade, e, como capachos dos imperialistas, os economistas brasileiros tentam apresentar a situação de uma forma menos grave do que ela realmente é.

O intuito do estudo, que mediu a saúde do segmento com base em diversos fatores, é de indicar também se o momento é propício para tomar e conceder empréstimos. Principalmente para a campanha da burguesia, em crise total, de tentar fazer a classe média, investir nas Bolsas de Valores, tentando salvar empresas, roubando dinheiro de pessoas com pouco conhecimento direto ao capital financeiro – o mesmo que gerou a crise de 2008.

Os gráficos econômicos do Banco Central, revelam que em novembro, as condições de crédito pioraram 6,5% em relação a outubro e a confiança do tomador (aquele que toma um empréstimo) recuou 14,9%. Neste período, a renda dos brasileiros também caiu 3,7% e o volume de crédito, consequentemente, para 9,1%. Assim, a queda de 9 pontos no número geral do ambiente de crédito no país, levou a taxa geral para 86,5. Chegando em outubro, o indicador apontou 95,5 pontos, lembrando que, antes da pandemia do novo coronavírus, os capitalistas afirmavam que os valores estavam superiores a 110 pontos. Em setembro e em outubro, o mercado tinha atingido sinal amarelo, com 95,9 e 95,5, respectivamente, mas voltou a cair em novembro.

Para explicar melhor a questão de um cenário vermelho, amarelo ou verde, o patamar do mês indica que o cenário é desfavorável, ou sinal vermelho, quando o índice cai abaixo de 90 pontos. É considerado sinal amarelo entre 90 e 110 pontos, e verde, quando está acima de 110 pontos.

Regredindo alguns meses para trás, em maio, um dos meses mais críticos da pandemia e da série histórica, o índice chegou a 39,5 pontos e acendeu o sinal vermelho. “O indicador mostra se o ambiente está favorável com base em diversos fatores, como renda, o que inclui capacidade de pagamento das dívidas, juros, prazo, volume de crédito e se o mercado cresce de forma adequada e saudável. Se olharmos para a média móvel dos últimos três meses, no entanto, fica em 92,6, ou sinal amarelo”, diz o economista da Serasa, Luiz Rabi. Neste sentido, o resultado de maio foi o segundo pior da série histórica, que foi iniciada em outubro de 2010, sendo o pior número, registrado em outubro de 2015, quando o indicador desceu a 36,9 pontos. “O ambiente de crédito foi bastante afetado pela crise naquela ocasião e chegamos ao vermelho”, destaca o economista.

Algo que vale pontuar aqui, é o fato de que os economistas sempre deixam a palavra “crise” solta no ar, sem a palavra “capitalista” ao seu lado, como se essa crise não viesse de lugar algum. Isso, é claro, são as ordens dos patrões, para sempre esconder que toda a tragédia gerada, não vem dos especuladores como eles.

O serviçal da burguesia explicou ainda que “faltava um indicador que mostrasse todas as condições do setor, olhando para todas as variáveis, pelo lado do consumidor e das instituições financeiras. Assim, é possível analisar se é o momento adequado para tomar e conceder crédito, auxilia na tomada de decisões”.

E continuou: “Agora, a expectativa é de recuperação, mas temos forças antagônicas. O maior desafio agora, com o fim do auxílio emergencial, é a recuperação do mercado de trabalho. Como o indicador também olha para a renda, se não houver retorno da geração de emprego dificilmente retornaremos ao sinal verde no ambiente de crédito”, analisa.

Contudo, a taxa de desemprego chegou a 14,3% no trimestre encerrado em outubro, último dado divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a maior para o período desde o início da pesquisa, em 2012.

Algumas colocações pertinentes sobre a falta de coerência das afirmações trazidas no estudo, são em torno dos próprios dados apresentados. Uma colocação do economista, de que “grande parte das medidas do governo foram destinadas às empresas”, é em grande medida falsa.

A falência de empresas foi algo impressionante em todos os estados do Brasil, e, principalmente, em São Paulo. O governo golpista, destinou trilhões aos grandes capitalistas no início da crise, para salvar as grandes empresas, indústrias e bancos, deixando assim, as pequenas empresas todas falirem

Na verdade, é preciso que os capitalistas demonstrem como a inadimplência caiu, se a população esta muito mais endividada (empréstimos, alugueis, contas de água, luz, etc). Ou seja, como os setores especulativos da economia capitalista, como os bancos, estão se fortalecendo ainda mais com essas dividas, com a pandemia, o que encaminha a população para uma situação sem saída, um indicador da instabilidade política.

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