Trabalhadores manuais, motoristas, pedreiros, vendedores ambulantes. Este é o perfil de 96% das pessoas no México mortas pelo covid-19. Além disso, 85% das mortes ocorreram em hospitais públicos, enquanto 3% em hospitais privados.
O estudo foi realizado pelo Centro Regional de Investigaciones Multidisciplinarias de la UNAM (Universidade Autónoma Nacional Autónoma de México). Os dados coincidem com o que autoridades sanitárias mexicanas vinham apontando, que a maioria dos contágios e mortes ocorrem na população sem serviços médicos, água, moradia, emprego, luz e escolas.
O caso do México demonstra a total incapacidade das políticas neoliberais no mundo em atender as necessidades dos pobres e explorados, que são os que estão sendo obrigados a ficarem expostos ao trabalho em plena pandemia e que não tem recursos para se protegerem dela. A sanha da burguesia no mundo pela manutenção dos trabalhadores nos considerados “serviços essenciais”e pela reabertura lançam diariamente a classe trabalhadora ao perigo de contágio e à morte pelo coronavírus.
O que acontece no México acontece em boa parte da América Latina e Caribe, que neste domingo apareceu como a região com o maior número de infectados no mundo: 4.340.214.
Número que supera a América do Norte, região que tem os os Estados Unidos, o país mais afetado do mundo, com 4,2 milhões de infecções e quase 150.000 mortes.