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A cartilha da burguesia

George Soros, um patrocinador da contrarrevolução mundial

Ao mesmo tempo em que estimula governos de direita e/ou de extrema-direita, uma alternativa se complementa com a política de distensão

Para obter o controle em situações de crise, a política do imperialismo precisa atuar em todos os campos. Ao mesmo tempo em que estimula governos de direita e/ou de extrema-direita, uma alternativa se complementa com a política de distensão, cujo a intenção é direcionar qualquer manifestação de caráter revolucionário para uma adequação ao regime burguês. Em todo caso, invariavelmente, o conjunto das operações favoreceria o domínio econômico do imperialismo sobre os países atrasados, isto é – a execução da cartilha neoliberal.

Recentemente, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), recebeu uma quantia considerável de uma das figuras mais ignóbeis da direita internacional. Ninguém menos que George Soros doou R$ 5 milhões para o governador maranhense. Isso mesmo, George Soros, um dos maiores representantes da burguesia norte-americana, conhecido por financiar golpes de Estado em todo mundo. Artificie em operações golpistas para desestabilizar diversos regimes políticos e implementar ditaduras de características fascistas, como é o caso da Ucrânia.

Não é de hoje que temos alertado os leitores quanto ao caráter direitista do dirigente pcdobista. Flávio Dino tem se adaptado muito bem aos interesses da direita. Sendo um dos principais defensores da Frente Ampla, Dino revelou que pretende diluir a esquerda para servir à aquarela da direita golpista. Não é novidade que o partido de Dino tem preferido o verde-amarelo ao invés do vermelho tradicional da esquerda. Segundo o governador, seu objetivo seria criar “MDB de esquerda”. Mas afinal, qual seria o objetivo de Soros em financiar um governo de esquerda?

Figura conhecida por impulsionar movimentos separatistas e as famosas “revoluções coloridas”, Soros coleciona um histórico de ligação umbilical com a extrema-direita. Soros e seu fundo são velhos conhecidos do Europa Oriental. Países como a Polônia, República Tcheca, Eslovênia, Macedônia e Romênia não o consideram bem-vindos. No caso da Ucrânia, a Open Society (anteriormente conhecida como Open Society Institute), organização “filantrópica” de Soros, foi vital para a derrubada do regime e posterior consolidação de um governo de extrema-direita.

A escalada de tensões tem aumentado em todo o mundo, e o magnata sabe que precisa cooptar setores da esquerda. Soros, por sua vez, tem financiado grupos identitários da esquerda e ONGs justamente com o objetivo de impedir o desenvolvimento da luta da esquerda. Essa, portanto é a política de Soros. Se não há como impulsionar governos de extrema-direita, ele opta em corromper a luta da esquerda para que o movimento reflua e se estacione dentro do quadro institucional completamente dominado pela burguesia.

Assim, a direita volta a ganhar espaço e retoma o crescimento, sempre em direção à extrema-direita. Para todos os efeitos, esse é o objetivo de Soros para com o governo maranhense.

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